As opiniões dividem-se quanto à exibição de Cristiano Ronaldo frente ao Gana, esta quinta-feira, na estreia da seleção de Portugal no Campeonato do Mundo do Qatar. O capitão marcou de penalti frente à equipa africana, tornou-se no primeiro jogador a marcar em cinco Mundiais e foi considerado o homem do jogo. Ainda assim, nem todos concordam com a distinção.

A Marca escreve que Portugal “jogou mal, sofreu no final e apenas Bruno Fernandes esteve ao nível esperado. Porque João [Félix] e Cristiano [Ronaldo] apesar dos golos…”. O jornal espanhol vai mais longe e escreve ainda que “quem recebe os aplausos” e quem é “seguido pelos fotógrafos” é CR7, que ganha o prémio de melhor jogador em campo “sem fazer um bom jogo”.

Para a Marca, quem joga futebol na equipa portuguesa é Bruno Fernandes, que é descrito como “o melhor da equipa de Fernando Santos, que ainda não terminou de espremer todo o talento que tem em mãos”. E Portugal “pode jogar muito melhor”.

O jornal El Mundo destaca que a distinção de Ronaldo “não esconde a melancolia de Portugal contra o Gana” e considera que “sem fazer mais do que João Félix, Bernardo Silva ou Bruno Fernandes”, ao capitão bastou a grande penalidade, “o seu nome e reputação para usufruir da boa publicidade da FIFA”.

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o Le Parisien escreve no título que “das lágrimas à libertação, Ronaldo é o primeiro jogador a marcar em cinco Mundiais”, mas não perdoa CR7 pelos erros cometidos na primeira parte considerando que o português “falhou tudo ou quase”.

Os recordes continuam a perseguir CR7. Ronaldo é o primeiro jogador a marcar em cinco Mundiais

Fora de Espanha e França surgem algumas opiniões mais positivas. O britânico The Guardian escreve que “Ronaldo volta a roubar as manchetes no thriller de Portugal contra o Gana” e considera que o craque português conseguiu com o seu golo que quebrou mais um recorde fazer um “jogo selvagem” de uma noite que, até então,”não o tinha sido”.

Por terras italianas, a Gazzetta dello Sport diz que “Ronaldo, Félix e Leão arrastam Portugal”. Depois do fracasso na estreia de Messi, com a derrota da Argentina, o capitão das quinas era “aguardado com ansiedade e não dececionou”, tendo dado a mão a Portugal para que a equipa entrasse com o “pé direito” no Mundial do Qatar.

A linha subida, o fora de jogo, os goleadores. A Arábia Saudita não venceu a Argentina por sorte — foi porque fez por isso