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O Presidente do Peru, Pedro Castillo, foi detido esta quarta-feira, depois de ter sido destituído pelo Congresso. É acusado de tentar executar um golpe de Estado ao anunciar a dissolução deste órgão e convocar novas eleições.
A Procuradoria do Peru determinou a detenção de Castillo, que se encontra na sede da polícia de Lima, para onde se deslocou com a sua família e o ex-primeiro-ministro Aníbal Torres, noticiou a agência Europa Press.
A vice-Presidente peruana, Dina Boluarte, descreveu as medidas de Castillo como uma tentativa de golpe de Estado que agrava a crise política que se vive no país. A advogada foi entretanto empossada como a nova chefe de Estado, tornando-se a primeira mulher a liderar o Peru. “Assumo [o poder] de acordo com a Constituição do Peru, deste momento até 26 de julho de 2026”, afirmou perante o parlamento.
Rechazo la decisión de Pedro Castillo de perpetrar el quiebre del orden constitucional con el cierre del Congreso. Se trata de un golpe de Estado que agrava la crisis política e institucional que la sociedad peruana tendrá que superar con estricto apego a la ley.
— Dina Boluarte Z. (@DinaErcilia) December 7, 2022
O parlamento do Peru aprovou esta quarta-feira uma moção de censura contra o Presidente do país por “incapacidade moral”, com 101 dos 130 votos a favor, horas depois de Pedro Castillo ter anunciado a dissolução deste órgão, a criação de um “governo de emergência” e a instituição de um recolher obrigatório.
A votação surge depois de Castillo ter imposto recolher noturno no país, mandado fechar o congresso e reorganizar o sistema judicial e o Ministério Publico, refere o The Guardian. O líder do Peru já estava a ser investigado por corrupção e tráfico de influências. Segundo a Globo, este é o terceiro processo de impeachment sobre Castillo, eleito em julho de 2021.
