Não é possível apontar na agenda o dia em que deixaremos de circular em veículos com tubo de escape. Mas o acordo alcançado, em outubro, pelos estados-membros da União Europeia prevê que a partir de 2035 será proibida a venda de carros novos com motores a gasolina ou gasóleo.
Quase todas as marcas estão a lançar carros elétricos ou híbridos plug-in, ao mesmo tempo que anunciam o fim dos motores térmicos para se dedicarem em exclusivo aos elétricos. Alguns fabricantes já abandonaram mesmo a produção de motores de combustão, como a Smart, que apenas oferece versões elétricas do novo #1. Outros já nasceram na era elétrica, como a Tesla, a Lucid ou a Polestar que aliam autonomia e prestações a preços elevados.
A partilha de plataformas e tecnologias é uma das estratégias para conseguir colocar no mercado carros elétricos mais acessíveis, à medida que a procura e a oferta aumentam em paralelo. A produção de baterias em massa, com maior capacidade e mais fiabilidade, também permite baixar preços ao longo da cadeia de abastecimento, influenciando o custo de produção dos carros elétricos. Além do automóvel é preciso ter em conta a disponibilidade da rede de carregamento e as formas de pagamento ou contratualização.
Com tantas variáveis, talvez seja boa ideia avaliar todas a opções no momento de comprar carro. Qual é o tipo de utilização que vai fazer, mais individual ou familiar? Quais são as distâncias a percorrer, em cidade ou autoestrada e em que regiões? Tem forma de carregar em casa e no emprego? Estas perguntas podem ser determinantes na decisão de compra de um carro elétrico. Depois há as questões da maturidade e do custo da tecnologia, nesta fase em que muitos apontam as vantagens dos híbridos.
Por fim, mesmo que tenha a disponibilidade financeira para adquirir um carro novo, pode ser surpreendido pelo prazo de entrega. A maioria das marcas não tem carros para entrega, um cenário que se instalou na sequência da crise pandémica, prolongando-se por causa da guerra na Ucrânia. Existem casos em que, além de uma longa espera, o carro chega às mãos do cliente com uma configuração diferente da escolhida.
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Quanto ao futuro dos motores a gasolina e gasóleo, a maior parte dos fabricantes estabeleceram prazos com algum grau de incerteza para não afetar o fluxo dos modelos atuais, já planeados e com cadeias de produção em andamento. Mas o número de marcas a anunciar uma redução drástica ou mesmo o fim da produção de motores de combustão interna continua a aumentar, numa medida que deve ser generalizada a todo o setor automóvel.
Veja agora, em resumo, os planos de algumas marcas que já anunciaram datas para a eletrificação das suas gamas de modelos:
Audi
A atual geração de modelos será a última com motores de combustão interna, perante o anúncio de que terminou o investimento em pesquisa e desenvolvimento face às exigências colocadas pelas normas Euro 7. Com o objetivo de ter 30% da gama eletrificada, a marca de Munique conta oferecer 20 modelos elétricos até 2025. Todos os novos modelos lançados pela marca a partir de 2026 serão movidos a bateria, mas os atuais com motores de combustão e os híbridos continuarão a ser vendidos até 2030. A marca do Grupo Volkswagen anunciou também que deverá terminar a produção de blocos de combustão interna até 2033.
BMW
A marca da Baviera ampliou os objetivos de vendas dos modelos totalmente elétricos, face à pressão das instituições europeias e dos consumidores no sentido de reduzir as emissões de gases nocivos tão rapidamente quanto possível. Com o investimento de 400 milhões de euros numa nova linha de montagem, a BMW planeia vender 10 milhões de veículos elétricos ao longo dos próximos 10 anos, ao ritmo médio de um milhão por ano. Foi uma das primeiras marcas a colocar um elétrico no mercado, o i3, tendo já anunciado que todos os modelos vão passar a ter uma versão totalmente elétrica. A marca pretende ter dois milhões de carros elétricos nas estradas até 2025 e espera que as vendas anuais dos elétricos ultrapassem a fasquia de 1,5 milhões em 2030.
Cupra
A Cupra, que surgiu inicialmente como uma assinatura desportiva em alguns modelos da SEAT, foi relançada em 2018 como marca independente e com o recente lançamento do Born afirmou a ambição de se tornar líder em veículos elétricos. Até 2030, toda a gama deve tornar-se progressivamente elétrica, estando já anunciado o fim do desenvolvimento de blocos térmicos.
Ford
A marca da oval azul aderiu mais tarde à tendência elétrica, mas o lançamento bem-sucedido do Mustang Mach-E está a permitir recuperar algum do terreno perdido para os concorrentes europeus. Graças a um acordo com a Volkswagen que permitirá a partilha da plataforma de veículo elétrico, a Ford planeia distribuir uma gama de veículos totalmente elétricos na Europa até 2030. O aumento de investimento na ordem de 50 mil milhões de dólares até 2025 vai permitir lançar três novos modelos de passageiros e quatro comerciais até 2024, a contribuir para a meta de mais de 600 mil elétricos até 2026.
Hyundai
A fabricante sul-coreana pretende ser totalmente elétrica até 2040, estando a concentrar investimentos no aperfeiçoamento do sistema de células de combustível, a chamada fuel cell, que utiliza hidrogénio como fonte de energia para os motores elétricos. Neste sentido, a Hyundai pretende ser a primeira marca no mundo a usar sistemas de células de combustível em todos os modelos da sua gama até 2028. Um aspeto importante a reter é o compromisso de oferecer, até 2030, versões a hidrogénio com células de combustível ao mesmo preço das versões a bateria.
Mercedes-Benz
A partir de 2025, todos os novos Mercedes serão elétricos, juntando-se à família de modelos EQ que já tem alguns representantes no mercado como o EQS ou o EQB. No entanto, a marca já garantiu que vai continuar a vender carros com motor de combustão até 2035, apesar de estar mais focada no desenvolvimento dos motores elétricos. A Mercedes-Benz prevê duplicar o volume de vendas de veículos elétricos e híbridos este ano, apostando numa quota de 25% de vendas de elétricos até 2025 e de 50% até 2030.
Porsche
A marca de desportivos de Estugarda continua a investir no desenvolvimento de combustíveis sintéticos que permitam cumprir os objetivos de sustentabilidade, enquanto mantém vários modelos com tecnologia híbrida. Ainda sem fim à vista para os motores a gasolina e diesel, a Porsche subscreve o compromisso de alcançar a neutralidade carbónica até 2030.
Renault
O investimento acelerado da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi está a permitir um forte impulso para a eletrificação que pode gerar até 30 modelos nas três marcas. A partilha das plataformas permite uma redução de 33% nos custos de produção, o que torna mais fácil cumprir a meta anunciada de 65% da gama com modelos em versões elétricas ou híbridas antes de 2025. A futura ElectriCity da Renault, que esteve em foco no Salão de Paris, é apontada como a maior fábrica de veículos elétricos da Europa quando estiver operacional, garantindo 40 mil postos de trabalho até 2025.
Stellantis
A constelação que reúne as marcas Alfa Romeo, Abarth, Fiat, Lancia, Maserati, DS, Peugeot, Citroën, Opel, Dodge, Jeep, Chrysler e RAM, assumiu que nenhuma das marcas vai continuar a investir no desenvolvimento de novos motores de combustão interna. A Stellantis pretende que 70% das vendas nas marcas do grupo sejam de modelos elétricos ou híbridos até 2030. O grupo apresentou um plano de investimento superior a 30 mil milhões de euros na conversão industrial para os veículos elétricos até 2025.
Toyota
O segundo maior fabricante do mundo e pioneiro da tecnologia híbrida já anunciou que pretende manter o foco nos híbridos, apostando numa quota de 70% das vendas em 2025. Ao mesmo tempo, os modelos com motor de combustão devem representar 10%, os híbridos plug-in outros 10% e os restantes 10% deverão incluir os elétricos e os modelos a hidrogénio, como o Mirai. Até 2030 pretendem lançar 15 modelos elétricos, com um objetivo de vendas situado em 3,5 milhões de unidades em todo o mundo. A legenda ‘bZ’ (beyond Zero) vai permitir identificar os futuros elétricos da Toyota, conforme podemos ver no recém-chegado bZ4X.
Volkswagen
O gigante alemão pretende que os seus modelos elétricos representem metade das vendas do grupo a nível mundial e 60% do total de veículos vendidos na Europa, até 2030. Sem ter ainda anunciado uma data para terminar o uso de motores de combustão interna nas marcas do grupo, a VW tem objetivo de superar a meta de um milhão de veículos elétricos vendidos em 2022 e anunciou o investimento de 46 mil milhões, até 2026 para acelerar a transição.
Volvo
A marca sueca foi uma das primeiras a descartar os motores a gasóleo e a disponibilizar apenas blocos híbridos a gasolina. Atualmente controlada pelo grupo chinês Geely, a Volvo pretende que metade dos seus carros sejam elétricos até 2025, com uma meta de 1,2 milhões de viaturas por ano até lá, devendo representar a totalidade da produção ainda antes de 2030. Os suecos pretendem manter a tradição, apostando na inovação e segurança, com vários investimentos direcionados para a mobilidade elétrica, desde o fabrico de baterias ao desenvolvimento de software.
Já ninguém duvida que a indústria automóvel está rendida aos motores elétricos, independentemente da fonte da eletricidade, seja renovável, combustível fóssil ou o muito aguardado hidrogénio. A curto prazo, todas as marcas vão oferecer modelos a bateria, a par dos híbridos e dos ainda equipados com motores de combustão interna. Numa altura em que o mercado já apresenta tanta variedade, a escolha de um carro novo pode ser uma tarefa bastante complexa. Para o ajudar no processo, de forma segura e muita cómoda, vá a PiscaPisca.pt e descubra o carro ideal.
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