As contribuições de imigrantes para a Segurança Social aumentaram e atingiram um recorde absoluto em 2021, ultrapassando os 1200 milhões de euros.

O número consta do Indicadores de Integração de Imigrantes — Relatório Estatístico Anual 2022, elaborado pelo Observatório das Migrações e noticiado esta quarta-feira pelo jornal Público. Segundo este estudo, nunca houve tantos contribuintes estrangeiros (475.892 pessoas) nem deram uma contribuição tão elevada (1.293,2 milhões de euros) para a Segurança Social.

Os autores do estudo concluem, assim, que os estrangeiros são cada vez mais “necessários para apoiar a sustentabilidade do sistema de Segurança Social”, como escreve Catarina Reis de Oliveira, citada pelo Público, e ajudam ao alívio do sistema. Assim, contribuem com bastante mais dinheiro do que recebem, em termos de prestações sociais: o saldo financeiro era de 968 milhões de euros em 2021, o valor mais elevado de sempre.

Imigrantes contribuíram com mais de mil milhões de euros para a segurança social em 2020

Feitas as contas, os estrangeiros representam agora 10,1% dos contribuintes em Portugal, sendo que a maior parte é “laboral e ativa”, pelo que o peso das suas contribuições aumenta. Segundo o relatório, trazem vantagens como manter atividades laborais que sem eles “não sobreviveriam” e atenuam os efeitos do envelhecimento da população portuguesa.

Mas os imigrantes, lembra o mesmo estudo, continuam a estar em maior risco de sofrer acidentes de trabalho e de estar em situações de pobreza e exclusão social.

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