Há uma nova estirpe de Covid-19 a preocupar as autoridades de saúde. A BF.7, sub-variante da Ómicron, foi detetada em Espanha de acordo com o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde espanhol.

Esta variante, mais contagiosa, é a mesma que na China tem levado a um aumento exponencial do número de infeções e de confinamentos – de uma média de cerca de 1.000 casos em outubro para um pico diário de mais de 62.000 novas infeções.

De acordo com o espanhol ABC, que cita o relatório do Ministério, a BF.7 pertence à mesma linhagem da estirpe BA.5, que é atualmente dominante em Portugal. O mesmo relatório assegura ainda que, pese embora a maior transmissibilidade desta nova sublinhagem, “o risco associado a estas linhagens é considerado baixo”, já que não apresenta uma taxa de mortalidade mais elevada.

Os sintomas são semelhantes aos já conhecidos: tosse, congestão nasal, muco, dor de cabeça e fadiga corporal.

O perigo da nova variante reside sobretudo na sua transmissibilidade: o período de incubação é mais curto, e os sintomas aparecem mais rápido. Por este motivo, a BF.7 pode espalhar-se em grandes grupos populacionais num período de tempo mais reduzido.

Em Portugal, a sub-variante não é ainda dominante, mas a sua presença em território espanhol sugere que poderá tomar maiores proporções no país dentro em breve.

Com efeito, a 25 de outubro de 2022, no ponto de situação do Instituto Ricardo Jorge sobre a diversidade genética do vírus da Covid-19 em território português, já se realçava “um aumento de frequência relativa das sublinhagens BF.7, BF.13 e BQ”.

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