Em quase todos os dias deste mês houve excesso de mortalidade e, até esta quinta-feira, em sete dias foram batidos os recordes máximos para o mesmo dia nos últimos 13 anos, segundo o Sistema de Informação dos Certificados de Óbito.
De acordo com a informação disponível no sistema de vigilância eletrónica de mortalidade em tempo real, que analisa automaticamente dados extraídos da base de dados do Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO), em dezembro deste ano (até dia 21) já morreram mais 593 pessoas do que em período homólogo, o que significa, em média, mais 28 óbitos por dia.
Desde o início do mês, o dia 07 foi o que registou maior percentagem de excesso de mortalidade (39,3%), com um total de 435 óbitos, um recorde do extremo máximo para o mesmo dia desde 2009. Até agora, o dia 07 de dezembro que mais óbitos tinha registado (421) tinha sido em 2021.
Além do dia 07 de dezembro, foram ultrapassados os extremos máximos de mortalidade também nos dias 05 (428 óbitos), 06 (434), 08 (417), 12 (471), 16 (403) e 19 (421).
Apenas no dia 21 não foi registado excesso de mortalidade este mês, que até quarta-feira contava já 8.451 óbitos (7.858 no mesmo período do ano passado).
Quanto aos óbitos considerados “em excesso” pelas autoridades de saúde, relativamente ao que era esperado, os dados indicam que, nos últimos sete dias, houve 420. O sistema de vigilância eletrónica de mortalidade em tempo real mostra igualmente que se está a morrer mais nas instituições de saúde e que o grupo etário mais afetado é o dos 85 anos ou mais.
Em relação ao “tipo de morte”, os dados do SICO mostram que, em dezembro (até dia 21), a maioria (88,3%, 7.465) foi considerada natural, 894 (10,5%) ficou sujeita a investigação e 59 (0,6%) deveu-se a causas externas.