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Depois da visita de Zelensky aos Estados Unidos, Putin falou, pela primeira vez, em “guerra” com a Ucrânia. “O nosso objetivo não é virar o volante do conflito militar, mas, por outro lado, acabar com esta guerra”, disse o Presidente russo, depois de uma reunião do Conselho de Estado, citado pela Sky News.

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Este é um momento particularmente importante, uma vez que, desde o dia 24 de fevereiro que Putin tem chamado à guerra na Ucrânia uma “operação militar especial”, recusando sempre utilizar a palavra guerra. Depois desta conferência, Nikita Yuferev, um político russo, quer processar Putin.

À agência Reuters, este político explicou que, provavelmente, a queixa não terá consequências para o Presidente russo. “Para mim, é importante fazer isto para chamar a atenção para a contradição e a injustiça destas leis que ele (Putin) adota e assina, mas que ele mesmo não cumpre”, acrescentou.

Em março, pouco tempo depois do início da guerra na Ucrânia, Putin promulgou leis que estabelecem multas e penas de prisão para quem espalhar informação falsa sobre “operação militar especial”.

Além de ter utilizado a palavra guerra pela primeira vez, Putin disse ainda, em resposta às perguntas de vários jornalistas russos, que pretende terminar a guerra na Ucrânia em pouco tempo: “Vamos fazer um esforço para acabar com isto, quanto mais cedo, melhor”, acrescentou.

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Ainda durante a entrevista, o Presidente russo voltou a mencionar que os Patriot, sistemas de defesa dados pelos Estados Unidos, são demasiado velhos. “Em relação ao Patriot, é um sistema demasiado velho. Não funciona como o nosso [sistema] S-300. Mas os nossos adversários partem do princípio que é uma arma defensiva. Muito bem, vamos manter em nós essa observação. E existe sempre um antídoto.” Os Patriot são, segundo Putin, “apenas uma forma de prolongar o conflito”.

Ainda a propósito das armas enviadas para a Ucrânia, Putin sabe que “os recursos dos países ocidentais e da NATO não estão à beira da exaustão”. Por outro lado, “a Ucrânia recebe armas dos antigos países do pacto de Varsóvia, principalmente de produção soviética” e estas armas é que estão quase a acabar, disse Putin. Os recursos militares dos países da NATO para a Ucrânia não estão, sequer, perto de acabar e, neste caso, o problema é que “não é tão fácil mudar para novos sistemas de armas”, sobretudo para aqueles que os países da NATO utilizam. “É preciso preparação, é preciso treinar pessoal, é preciso ter peças para reposição, é preciso arranjá-las. Esta é uma grande questão e não é fácil.