Walter Cunningham, o último astronauta vivo da missão Apollo 7, morreu nesta terça-feira, em Houston, no estado do Texas, Estados Unidos da América, devido a “complicações resultantes de uma queda”, avança a NASA em comunicado.
Cunningham foi um dos primeiros participantes do programa espacial da NASA tendo pilotado o primeiro teste tripulado do módulo lunar Apollo 7 que levaria o ser humano à Lua pela primeira vez, em 1969.
“Na Apollo 7, o primeiro lançamento tripulado da missão Apollo, Walter Cunningham e os seus companheiros [Walter Schirra (1923-2007) e Donn Eisele (1930-1987)] fizeram história, abrindo caminho para a Geração Artemis que vemos hoje”, disse o diretor da NASA, Bill Nelson, na nota para a imprensa.
A missão foi realizada em outubro de 1968 e durou cerca de 11 dias, consistindo num voo de teste para perceber se a aeronave Apollo 7 seria capaz de se unir a outra nave espacial na órbita terrestre. A missão foi um sucesso e permitiu abrir caminhos para a exploração espacial.
A Apollo 7 ficou também marcada por ter dado lugar à primeira transmissão televisiva ao vivo a partir do espaço, revigorando a esperança dos americanos, depois do desastre ocorrido na missão Apollo 1, em que a aeronave explodiu, matando três astronautas, recorda o The New York Times.
“Gostaríamos de expressar o nosso imenso orgulho na vida que ele viveu, e a nossa profunda gratidão pelo homem que ele foi – um patriota, um explorador, piloto, astronauta, marido, irmão, e pai”, declarou a família de Cunningham na nota publicada pela NASA. “O mundo perdeu outro verdadeiro herói, e vamos sentir muito a sua falta”.
Na NASA, Walter Cunningham dirigiu a filial Skylab do Flight Crew Directorate e reformou-se, saindo da agência espacial em 1971, embora continuasse a colaborar na área financeira e técnica.