A esmagadora maioria dos fabricantes de automóveis tem a condução autónoma debaixo de olho e investe anualmente quantidades generosas de dinheiro na ânsia de dominar uma tecnologia de que certas áreas de negócios necessitam como de água para a boca. É o caso de empresas como a Uber que, com carros autónomos, ou seja, sem condutor, tentarão incrementar a sua rentabilidade e tornar as viagens mais acessíveis. A Mercedes é um destes construtores e anunciou no Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas, que espera receber muito em breve certificação das autoridades norte-americanas para começar a disponibilizar o seu Drive Pilot, o sistema de condução autónoma de Nível 3, no estado do Nevada, EUA.
O Nível 3 da condução autónoma permite ao condutor confiar a condução ao software do veículo em determinadas situações, como auto-estradas, onde o sistema pode mesmo decidir realizar ultrapassagens a modelos mais lentos. De recordar que, já em 2022, este fabricante germânico obteve das autoridades alemãs a certificação para circular com veículos a gerir autonomamente volante, acelerador e travão. Mas, como é obrigatório no Nível 3, com o condutor sempre pronto a assumir o controlo do veículo, uma vez que ele é o único responsável a bordo.
Além da certificação para a utilização do Drive Pilot de Nível 3 no Nevada, que a Mercedes está convencida que deverá ser emitida nas próximas duas semanas, o construtor alemão aguarda igualmente a autorização para circular nas mesmas condições no Estado vizinho da Califórnia. Não só isto permitirá fornecer a mais clientes a possibilidade de usufruir de uma das tecnologias mais avançadas da Mercedes, como será um importante argumento de venda.
Actualmente, o Drive Pilot está disponível na Alemanha nos topos de gama da marca, os Mercedes Classe S a combustão e os EQS eléctricos. Nos EUA o construtor não especificou, mas deverão ser estes dois modelos a usufruir desta nova tecnologia.
