Faezeh Hashemi, filha do antigo Presidente do Irão Akbar Hashemi Rafsanjani, foi esta terça-feira condenada a cinco anos de prisão. De acordo com a sua advogada, Neda Shams, o veredicto “não é final” e ainda existem “outros casos” contra a ativista.

A advogada não deu detalhes sobre as acusações de que Faezeh Hashemi é alvo, mas, no ano passado, a ativista tinha sido indiciada por “propaganda contra o sistema”. A CNN escreve que, à época, a filha de Akbar Hashemi Rafsanjani foi detida e transferida para a prisão de Evin, no Teerão, em setembro.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Nesse mês, a imprensa estatal avançava que Faezeh Hashemi tinha sido detida por “incitar tumultos” no Teerão durante os protestos desencadeados na região após a morte da jovem curda iraniana Mahsa Amini, que foi acusada de violar o código de indumentária do país — que inclui o uso do hijab em público.

Esta não é a primeira vez que Faezeh Hashemi está detida. A ativista já tinha sido, em 2012, banida de atividades políticas e acusada de “propaganda antiestatal” durante as eleições presidenciais iranianas de 2009, explica a CNBC.

Akbar Hashemi Rafsanjani, antigo Presidente do Irão, é descrito pela CNN como uma revolucionário que pressionou por programas de liberalização e privatização quando se tornou chefe de Estado. Morreu em 2017, aos 82 anos.

Após a morte de Mahsa Amini, em setembro do ano passado, várias personalidades iranianas foram detidas, incluindo a escritora Mona Borzouei e o jogador de futebol Hossein Mahini, à medida que os protestos contra o governo abalavam o Irão.

Quando o futebol faz política. Atletas iranianos juntam a sua voz às que exigem justiça pela morte de Mahsa