O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, insistiu, esta quarta-feira, na necessidade de enviar para a Ucrânia armamento “mais pesado e moderno”, frisando que em causa na guerra em curso está a continuidade das democracias.

Durante um painel intitulado “Restaurar a Segurança e a Paz”, no Fórum Económico Mundial, que está a decorrer esta semana em Davos (Suíça), Jens Stoltenberg insistiu que o único caminho para alcançar a paz é através da vitória da Ucrânia na guerra, por muito que pareça “um paradoxo”.

“Vamos reunir-nos com o Grupo de Contacto de Defesa da Ucrânia [na sexta-feira], liderado pelos Estados Unidos da América e a nossa principal mensagem vai ser o reforço do apoio [a Kiev] com armamento mais pesado e moderno”, sustentou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO). Nesta reunião, que vai realizar-se na base aérea norte-americana de Ramstein, na Alemanha, está previsto um acordo para o fornecimento de tanques à Ucrânia.

O Reino Unido, por exemplo, já se comprometeu com 14 tanques “Challenger 02” e a Polónia disse estar em condições para enviar para as linhas da frente 14 “Leopard 02”, sob a condição de Berlim aceitar este envio.

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A vitória da Ucrânia é “a única maneira de [Presidente russo, Vladimir] Putin perceber” que tem de se sentar à mesa de negociações, afirmou Stoltenberg, destacando que tem sido por esse motivo que tem viajado pelos atuais 30 Estados-membros da aliança militar para pedir aos seus líderes que “façam mais”.

“É extremamente importante que Putin não vença esta guerra, porque seria uma tragédia, uma mensagem para os outros líderes autoritários”, reforçou. E deixou também uma promessa: “A Ucrânia vai ser um Estado-membro da NATO.”

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).