O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou esta quinta-feira o lançamento de “medidas extraordinárias”, quando o país atingiu o limite de dívida legalmente permitido, de 31,381 biliões de dólares (cerca de 29 biliões de euros).
Numa carta enviada ao líder da maioria Republicana na Câmara de Representantes, Kevin McCarthy, bem como ao líder da minoria Democrata, Hakeem Jeffries, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, informou que estas medidas ficarão em vigor “por tempo indeterminado”.
Eu peço respeitosamente ao Congresso para que aja rapidamente, de forma a proteger o pleno crédito dos Estados Unidos”, acrescentou Yellen, num apelo para evitar bloqueios financeiros na Câmara de Representantes, onde a oposição Republicana tem maioria.
A secretária de Tesouro explicou que, devido ao limite legal de endividamento, não poderá investir integralmente a parcela da Caixa de Aposentações e Invalidez no fundo de reforma e incapacidade da função pública, peça fundamental para pagar aos beneficiários.
Yellen também anunciou que, devido ao limite legal de dívida agora atingido, tem início esta quinta-feira um “período de suspensão da emissão de dívida”, que vigorará até 5 de junho de 2023.
“Os meus antecessores declararam períodos de suspensão de emissão de dívida em circunstâncias semelhantes”, explicou Yellen, anunciando que o Departamento do Tesouro suspenderá os investimentos adicionais dos valores creditados e resgatará uma parte dos investimentos detidos pelo fundo de reforma e incapacidade da função pública, conforme expressamente autorizado por lei.