A falta de semicondutores, os tradicionais chips, tem afectado gravemente a indústria automóvel, impedindo-a de produzir os veículos que os seus clientes desejam adquirir. Há muitos construtores que, entretanto, encontraram novos fornecedores ou mantiveram os que conseguiram reforçar a sua capacidade de produção e ultrapassaram o problema. Mas o Grupo Volkswagen continua a figurar entre os que mais sofrem e viu-se mais uma vez obrigado a produzir veículos sem bomba de calor.
Para arrefecer ou aquecer o habitáculo e, em muitos casos, até para regular a temperatura do pack de baterias, os fabricantes de veículos recorrem a sistemas de ar de condicionado convencionais ou, em alternativa, uma bomba de calor que desempenha a mesma função, mas com uma eficiência muito superior ao necessitar de uma menor quantidade de energia. Estas bombas de calor são sobretudo necessárias nos modelos eléctricos, que sem este dispositivo abrem mão de uma parte da autonomia.
A falta de chips em quantidade suficiente já levou algumas marcas do grupo alemão a produzir veículos eléctricos, ou pelo menos parte deles, sem bomba de calor. Segundo a imprensa alemã, é o caso da Volkswagen e da Audi com os modelos produzidos em Zwickau, algo que os responsáveis pelo grupo já anteciparam quando previram que a falta de semicondutores deveria arrastar-se até 2024.
Resta esperar que esta falta de chips seja momentânea e possível de atenuar. O grupo germânico depende de um fornecedor para as bombas de calor, os britânicos da TI Fluid Systems, a partir de uma fábrica na República Checa que fornece o módulo completo, pelo que se desconhece se a falta de chips é do grupo alemão ou do fornecedor inglês.