Rui Rocha, candidato à liderança da Iniciativa Liberal, considera “graves” as acusações de Carla Castro sobre a forma de como a direção, de que também fazia parte, geriu o partido. No lugar da própria, sugeriu Rocha, se estivesse convencido de que havia uma gestão autocrática, “seguramente não teria aceitado o convite” para integrar essa direção.

Em entrevista ao Observador, a partir da VII Convenção da Iniciativa Liberal, o deputado recusou também o rótulo que Carla Castro lhe tentou colar. “Não me considero um barão caciqueiro”, sublinhou.

O candidato à liderança da IL desvalorizou ainda os apupos que recebeu quando discursou. O candidato à liderança disse perceber as críticas de que tem sido alvo e garantiu que se sentiu “bem” no palco mesmo quando foi apupado. “Acredito no que disse.” E apesar de Castro ter sido mais aplaudida nesta convenção, garantiu continuar “confiante” na vitória.

Rui Rocha diz que as palavras de Rafael Corte Real, apoiante de Carla Castro que disse que se Rocha for eleito não será politicamente respeitado, são “absolutamente contraditórias” com a realidade plural que se vive no partido. “Isso é um desrespeito pela decisão dos membros. Acredito na capacidade de avaliação deles. É uma afirmação que não faz sentido nenhum.”

Rocha insistiu que se houve candidato que falou para o país e apresentou uma visão que não se reduz ao funcionamento interno do partido foi ele. E recusou a ideia de se ter tentado associar a Cotrim Figueiredo e daí retirar uma vantagem. “Não me colei a ninguém.”

Depois de uma campanha tão quente e a expor fraturas internas, Rui Rocha prometeu unir desde já o partido. Quanto ao ambiente tenso que se tem vivido, disse que houve “alguma discussão acesa e troca de acusações”, mas que isto resulta “do calor do momento”.

“Fiz tudo o que foi possível para um período alargado, para que tivéssemos todas as listas. A casa vai estar arrumada, vamos começar a arrumá-la hoje à tarde e estamos muito mais bem preparados do que as alternativas”, atirou.