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Passaram 334 dias desde que as tropas russas invadiram o território ucraniano. Os combates “intensos” prosseguem no Donbass e há bombardeamentos e ofensivas dos inimigos 24 horas por dia. Para o Presidente ucraniano, não é tempo de baixar a guarda nem de ignorar a guerra: “é um luxo a que ninguém se pode dar”.

“Às vezes parece que algumas pessoas nas cidades na retaguarda se esqueceram completamente da guerra e começaram a ignorar a realidade, usando a proteção dos nossos heróis”, afirmou Volodymyr Zelensky no habitual discurso noturno, horas antes de a Ucrânia assinalar os onze meses de guerra.

Alertando que a guerra ainda não acabou, o líder ucraniano garante que as Forças Armadas vão responder aos “ataques terroristas”. “A Ucrânia não vai mostrar fraqueza. O Estado não vai mostrar fraqueza”, sublinhou.

Não é tempo de baixar os braços, muito menos de descansar. Por isso mesmo, Zelensky assinou esta segunda-feira vários decretos, incluindo um proposto pelo Conselho Nacional de Segurança e Defesa (NSDC), que proíbe as autoridades ucranianas de viajar para fora do país para “férias ou qualquer outra finalidade não governamental”.

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A medida sobre as viagens para fora do país aplica-se a “todos os funcionários do governo central e vários outros níveis do governo local”, bem como “a agentes da lei, deputados populares, procuradores e todos aqueles que trabalharam para o Estado e no Estado”, explicou Zelensky. “Se quiserem descansar agora, vão descansar fora do funcionalismo público”, afirmou.

Além da proibição de viagens, o NSDC também vai aplicar sanções a 21 cidadãos russos ligados à Igreja Ortodoxa Russa e um outro à Igreja Evangélica. A medida visa atingir aqueles que, “sob o disfarce da espiritualidade apoiam o terror e a política genocida”. Este é um novo passo das autoridades ucranianas para garantir que o Estado continuará a fortalecer a sua “independência espiritual”.

Na terça-feira a Ucrânia assinalam-se onze meses de guerra. O chefe de Estado lembra que esse, que será o 335 dia de guerra, não será diferente do anterior. Será também um novo dia em que as forças nacionais se unem no mesmo esforço: caminhar para a “vitória”, garantiu Zelensky.