A Fundação Jornada Mundial da Juventude garantiu, esta quarta-feira, que todas as decisões tomadas sobre o altar-palco do evento foram tomadas em consonância com a empresa municipal SRU e comprometeu-se a divulgar os custos e os investimentos que ficam a seu cargo para organizar o evento de Lisboa . Em comunicado, a Fundação JMJ Lisboa 2023 reagiu assim à notícia publicada pelo Observador de que o altar-palco onde o Papa Francisco vai presidir às celebrações finais do evento vai custar 4,2 milhões de euros.

“A Fundação JMJ compromete-se a divulgar, ao longo do projeto, os custos e os investimentos deste acontecimento inédito para o nosso País que são da sua responsabilidade”, pode ler-se na missiva enviada ao Observador um dia depois do presidente da Câmara de Lisboa ter atirado as responsabilidades dos encargos para a Igreja. “As especificações daquele palco foram definidas em reuniões que tivemos com a Jornada Mundial da Juventude, com a Igreja e com a Santa Sé [Vaticano]”, indicou o autarca.

Segundo a fundação, todo o trabalho de arquitetura para chegar ao desenho final do altar-palco foi feito desenvolvido pelo Comité Organizador Local da JMJ Lisboa 2023 e a empresa municipal SRU (Sociedade de Reabilitação Urbana). Além disso, recorda-se ainda que o planeamento da Jornada Mundial da Juventude “tem sido feito com todas as partes envolvidas na organização – Governo de Portugal, Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Loures, Câmara Municipal de Cascais e Câmara Municipal de Oeiras – em estreita colaboração e cooperação desde o início”.

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Ainda que a afluência ao evento seja “incerta”, há mais de 400 mil peregrinos que iniciaram a sua inscrição, o que aponta para um evento de “dimensão inédita” em Portugal. É com esta base, explica a Fundação JMJ 2023, que se tem trabalhado “para garantir a viabilidade dos locais, nomeadamente em termos de segurança, acessibilidade e sustentabilidade”.

“Todas as infraestruturas associadas — sendo que, até à data, o Parque Tejo é o local confirmado para os eventos centrais (vigília e missa final) — devem ter em mente a dimensão do encontro. Percebemos bem a dificuldade de visualizar e apreender a dimensão da JMJ [Jornada Mundial da Juventude] e a escala necessária para o encontro de cerca de um milhão de peregrinos com o Papa — para a qual não existem infraestruturas preparadas em Lisboa”, lê-se na mesma resposta.

A fundação explica igualmente que o altar do Parque Tejo, com capacidade para acolher duas mil pessoas, “é erguido, para ser visível por todos os peregrinos, a uma altura de quase três andares, contando com dois elevadores de apoio à mobilidade reduzida e escadaria central de acesso, além de uma cobertura que implica uma estrutura sólida e segura”.