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O dia em que Galeno foi a fita-cola que uniu a Folha rasgada (a crónica do Marítimo-FC Porto)

Este artigo tem mais de 1 ano

Cenário esteve negro mas acabou sorridente: FC Porto ficou reduzido a 10 com vermelho a Folha, viu Conceição e Vítor Bruno serem expulsos mas venceu Marítimo nos Barreiros e pressiona Sp. Braga (0-2).

O avançado dos dragões marcou o segundo golo da partida, no início da segunda parte
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O avançado dos dragões marcou o segundo golo da partida, no início da segunda parte

LUSA

O avançado dos dragões marcou o segundo golo da partida, no início da segunda parte

LUSA

No sábado, a conquista da Taça da Liga. Na terça-feira, o fecho do mercado de inverno. Na quarta-feira, o regresso do Campeonato. O já aparentemente longínquo Mundial do Qatar fez da temporada 2022/23 uma autêntica maratona em formato sprinte o FC Porto visitava o Marítimo na Madeira sem sequer ter tido uma semana para festejar um título e sabendo que a próxima jornada é já no domingo.

Neste sentido, e olhando para um contexto em que os dragões estão no terceiro lugar do Campeonato e atrás de Benfica e Sp. Braga, não havia tempo para euforias. Até porque, e tal como o próprio Sérgio Conceição antecipou, o jogo desta quarta-feira era de uma importância clara: o FC Porto entrava em campo antes dos minhotos, que tinham uma complexa deslocação a Alvalade para defrontar o Sporting, e precisava de manter as distâncias para um conjunto encarnado que não só já tinha vencido esta jornada como até tinha uma partida (e um triunfo) a mais.

“Não há euforia nenhuma. Existe a alegria pela conquista de um título mas, no final do jogo [com o Sporting, na final da Taça da Liga], já estava com um discurso virado para o Marítimo. Depois de uma vitória temos de estar ao mesmo nível, no mínimo, para dar continuidade. O chip tem de ser sempre o mesmo, que é trabalhar no limite para ganhar os jogos. Qual chip? Aqui, há o comportamento dos jogadores e um jogo que vamos abordar. O chip tem de estar sempre metido lá, com esses comportamentos de que falo sempre, para estarmos no máximo. A vitória merecida na Taça da Liga já passou. Agora é olhar para o Campeonato, que é o principal objetivo, e para este jogo difícil. É uma final para nós. Temos uma grande vontade de conquistar os três pontos”, explicou o treinador dos dragões na antevisão da visita ao Funchal.

Sérgio Conceição não podia contar com Gabriel Veron e Grujic, ambos lesionados, mas tinha Evanilson de volta — ainda que o avançado brasileiro começasse no banco. A surpresa do onze inicial, porém, estava reservada para Bernardo Folha, que não só se estreava a titular pela equipa principal do FC Porto como cumpria os primeiros minutos na Liga após ter sido utilizado na Taça da Liga, na Taça de Portugal e na Liga dos Campeões. O jovem médio rendia Stephen Eustáquio, que nem sequer era suplente devido a um problema físico, e Taremi, Galeno e Pepê formavam o trio ofensivo.

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O FC Porto teve a primeira ocasião mais perigosa da partida, com um lance de insistência em que o Marítimo revelou muitas debilidades defensivas e Uribe acabou por atirar por cima de fora de área (3′). Contudo, não foi preciso esperar muito mais para perceber que os dragões não estavam propriamente a viver uma noite de grande inspiração — não se via a habitual reação à perda da bola, a pressão alta que tantas vezes intimida o adversário e a agressividade que cria oportunidades a partir de jogadas que pouco ou nada parecem ter para dar.

Nesse sentido, e com o avançar dos minutos, o Marítimo foi aproveitando alguma passividade do FC Porto para disputar a posse de bola de outra forma e não ficar restrito e resguardado ao próprio meio-campo. A postura madeirense foi-se tornando evidente e perigosa à chegada à meia-hora, quando Diogo Costa foi obrigado a defender remates venenosos de Val Soares (32′) e Xadas (36′) já depois de o mesmo Xadas ter atirado ao lado na sequência de um grande cruzamento de Léo Pereira na esquerda (27′). Pelo meio, tudo o que os dragões conseguiram criar foi um cabeceamento por cima de Uribe (18′).

A partir daqui e até ao intervalo, por muito que seja difícil acreditar, existe pouco ou nada para contar no que a futebol diz respeito. Já nos últimos instantes da primeira parte, Bernardo Folha foi expulso por acumulação de cartões amarelos, deixando o FC Porto reduzido a 10 elementos. Poucos minutos depois, porém, Pablo Moreno também viu cartão vermelho por acumulação de amarelos e recuperou a igualdade numérica entre as duas equipas. Nos dragões, contudo, o estrago foi mais alargado: depois de o adjunto Vítor Bruno ter sido expulso ainda antes dos dois cartões vermelhos, por protestos, também Sérgio Conceição foi para a rua na sequência do lance com Folha.

Ao intervalo, portanto, o FC Porto tinha menos um jogador, não tinha o treinador no banco e nem sequer contava com o adjunto. Os dragões ainda se aproximaram da baliza de Makaridze nos instantes que restaram da primeira parte mas já nada aconteceu, com a partida a chegar ao intervalo sem golos, sem grandes histórias para contar e com todas as histórias para contar.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Marítimo-FC Porto:]

Ambos os treinadores mexeram ao intervalo, tal como seria de esperar, e Sérgio Conceição acabou por surpreender ao tirar Taremi para lançar Evanilson, que voltou aos relvados mais de um mês depois. Do outro lado, José Gomes retirou os elementos que tinham cartão amarelo para evitar mais expulsões e colocou André Vidigal, Nito Gomes e Liza. O FC Porto voltou ligeiramente mais intenso e agressivo do intervalo, assumindo o controlo do jogo e deixando o Marítimo mais preso no próprio meio-campo, e acabou por capitalizar isso mesmo ainda dentro dos 10 minutos iniciais da segunda parte.

Wendell abriu o marcador com um remate de fora de área e de pé esquerdo (50′), na sequência de uma boa assistência de Evanilson após um cruzamento de João Mário, e Galeno aumentou a vantagem pouco depois com um pontapé rasteiro que finalizou um lance de Pepê na direita (55′). Em 10 minutos, o FC Porto fez o que não conseguiu fazer durante toda a primeira parte e deixou o jogo praticamente arrumado, já que o Marítimo não tinha capacidade para responder à desvantagem repentina.

O encontro entrou numa espécie de velocidade de cruzeiro a partir da hora de jogo, com o FC Porto a controlar o resultado e o Marítimo a mostrar-se algo resignado com a derrota. Pelo meio, os dragões ainda sofreram outro revés com a lesão de Otávio, que pareceu ter sofrido um desconforto muscular na coxa e teve de ser substituído por André Franco. Até ao fim, tanto de um lado como do outro e à exceção de um remate por cima de Galeno (67′), já pouco aconteceu.

O FC Porto venceu o Marítimo nos Barreiros e subiu ao 2.º lugar da Liga — ainda que à condição, já que o Sp. Braga só entra em campo já após o apito final na Madeira. Num dia em que a expulsão de Bernardo Folha poderia ter complicado uma exibição dos dragões que já não estava a ser brilhante, Galeno foi o elemento mais rematador, mais disruptivo e mais importante da equipa: apontando o segundo golo que fechou as contas e chegando aos 14 ao longo de toda a temporada, um número que nunca tinha alcançado.

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