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Uma menina foi resgatada com vida esta terça-feira dos escombros na cidade de Jinderis, a norte de Alepo, na Síria. Nour estava enterrada debaixo de uma uma série de pedras e entulho de um prédio que ficou destruído com os sismos e esteve um dia inteiro presa nos destroços.  “O pai está aqui, não tenhas medo”, disse o pai da menina, que acompanhava o resgate, citado pela Sky News.

No vídeo divulgado pela Associated Press é possível ver a equipa de resgate, voluntários da Syrian Civil Defense conhecidos como Capacetes Brancos, a afastar o entulho onde Nour estava enterrada, começando-se por ver apenas a mão. Segundos mais tarde, a menina levanta a cabeça, olha na direção da câmara e das luzes enquanto o voluntário lhe limpa o rosto e lhe dizem para “olhar para o pai”. Depois é retirada ao colo.

Esta é uma história de esperança, porque com o passar do tempo será cada vez mais difícil resgatar sobreviventes dos escombros. O primeiro de vários sismos abalou a Turquia e a Síria na madrugada desta segunda-feira provocando destruição e muitas mortes. O número oficial de vidas perdidas ultrapassou esta terça-feira de manhã as 5000.

“Este é o mais poderoso sismo a abalar a região em quase 100 anos e veio na pior altura possível para as crianças e famílias vulneráveis nas áreas afetadas”, disse o porta-voz da UNICEF, James Elder, esta terça-feira segundo comunicado de uma conferência de imprensa em Genebra. Elder diz que a organização não consegue, contudo, determinar o número preciso de crianças que perderam a vida. “Enquanto ainda não temos números verificados, sabemos que muitas escolas, hospitais e outras instalações médicas e de educação foram danificadas ou destruídas pelos sismos, com grande impacto nas crianças.”

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