A japonesa Honda anunciou nesta sexta-feira uma subida de 27% nos lucros durante o último trimestre de 2022, face a igual período de 2021, apesar da escassez de “chips” e o aumento de preços das matérias-primas.
O lucro da fabricante automóvel atingiu 244,6 mil milhões de ienes (1,74 mil milhões de euros) no trimestre entre outubro e novembro, acima dos 192,9 mil milhões de ienes (1,37 mil milhões de euros) um ano antes.
Já as receitas de vendas trimestrais aumentaram 20%, para 4,4 biliões de ienes (31,3 mil milhões de euros), sobretudo devido ao crescimento na área das motorizadas, uma vez que as vendas de automóveis permanecerem estáveis.
Por região, a Honda vendeu mais automóveis no Japão e nos Estados Unidos, mas menos na China e em outras partes da Ásia.
As vendas de motorizadas cresceram em todos os principais mercados, incluindo América do Norte, Japão e no resto da Ásia, especialmente Indonésia, Índia e Vietname.
A Honda foi prejudicada pela escassez de “chips” de computador e por interrupções relacionadas com a pandemia de Covid-19 na China, disse, numa conferência de imprensa, o responsável pela contabilidade da empresa, Eiji Fujimura.
A guerra na Ucrânia elevou os custos das matérias-primas e da energia, algo que também prejudicou os resultados das fabricantes automóveis.
Por outro lado, a Honda beneficiou de flutuações cambiais favoráveis, graças ao iene fraco, e disse esperar que isso adicionasse 269 mil milhões de ienes (1,91 mil milhões de euros) ao seu lucro operacional para todo o ano fiscal, que termina a 31 de março.
A empresa manteve a previsão de lucro para o ano fiscal em 725 mil milhões de ienes (5,2 mil milhões de euros), o que seria uma melhoria em relação ao lucro de 707 mil milhões (cinco mil milhões de euros) no ano fiscal anterior.
A Honda reduziu, no entanto, a previsão para as vendas de automóveis de 4,1 milhões de veículos para 3,85 milhões. A Honda vendeu 4,07 milhões de veículos no ano fiscal anterior.
Pelo contrário, a fabricante elevou a previsão para as vendas de motorizadas para o ano fiscal para 18,7 milhões, melhor do que a projeção anterior de 18,43 milhões.
Tal como outras rivais, a Honda está a intensificar esforços para oferecer mais veículos elétricos, à medida que crescem as preocupações com o meio ambiente e as mudanças climáticas.
A empresa japonesa prometeu lançar 30 modelos de automóveis elétricos globalmente até 2030 e está também a introduzir motorizadas elétricas na Europa e na China, antes de um lançamento a nível mundial.