A greve de maquinistas da CP, iniciada quarta-feira, levou à supressão de 261 dos 719 programados entre as 00h00 e as 20h00, tendo-se realizado os restantes 458, disse à agência Lusa fonte da empresa.

Numa nota, a CP avançou que, globalmente, 36,3% dos comboios foram suprimidos, sendo os comboios de longo curso, com 53,6% de supressões, e os regionais e inter-regionais, com 51,9%, os mais afetados, à frente dos urbanos do Porto, com 29,3%, e depois os urbanos de Lisboa, com 22,7%.

No mesmo período, em relação aos comboios de longo curso, segundo o comunicado, estavam programados 56, foram suprimidos 30, e realizados 26. Relativamente aos regionais e inter-regionais, dos 243 previstos, foram suprimidos 126, e realizados 117.

Ainda entre as 00h00 e as 20h00, os comboios urbanos no Porto viram suprimidos 43 dos 147 comboios previstos, tendo-se realizado 104, enquanto em Lisboa foram anulados 62 dos 273 previstos, e efetuados 211.

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A paralisação da CP começou a 8 deste mês e vai prolongar-se até dia 21, não havendo serviços mínimos agendados para esta paralisação.

“Por motivo de greves, convocadas pelos Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF) e Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), ocorrerão fortes perturbações na circulação de comboios, a nível nacional, no período entre as 00:00 do dia 08 de fevereiro de 2023 e as 24:00 do dia 21 de fevereiro de 2023”, segundo o portal da CP.

O anúncio da greve dos trabalhadores da CP e da Infraestruturas de Portugal (IP), devido à falta de resposta às propostas de valorização salarial, foi feito em 25 de janeiro pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).

Para os sindicatos, as propostas entregues “ficam muito aquém” dos valores necessários para que seja reposto o poder de compra dos trabalhadores.