Os últimos clássicos entre Sporting e FC Porto não têm sido propriamente os mais fáceis para as equipas de arbitragem, como ficou bem expresso na recente final da Taça da Liga há duas semanas que terminou com muitas críticas dos leões em relação à arbitragem de João Pinheiro e à dualidade de critérios que levou a que Paulinho tivesse sido expulso por acumulação e Wendell ficasse em campo. Agora, a missão de dirigir o jogo grande da 20.ª jornada da Primeira Liga pertencia a outro árbitro habituado a este tipo de encontros grandes entre candidatos ao título: Artur Soares Dias, de 43 anos, da Associação de Futebol do Porto.
O Evangelho de Matheus numa equipa que não é só fé (a crónica do Sporting-FC Porto)
Numa temporada em que já dirigiu encontros de várias competições, entre Campeonato, Taça de Portugal e Taça da Liga em Portugal e Liga dos Campeões, Liga dos EAU e Liga das Nações (neste caso de seleções), Artur Soares Dias já tinha arbitrado dois encontros de cada equipa na presente época, marcando presença no FC Porto-Sp. Braga (4-1), no Santa Clara-Sporting (1-2), no Santa Clara-FC Porto (1-1) e no Benfica-Sporting (2-2). O último clássico tinha sido na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal de 2021/22, com os azuis e brancos a partirem em desvantagem mas a ganharem em Alvalade por 2-1.
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Agora, Soares Dias acabou por ter um clássico mais tranquilo do que os últimos mas nem por isso isento de reclamações (apenas em campo) dos dois conjuntos com três lances à cabeça: na primeira parte, uma entrada de Gonçalo Inácio sobre Pepê à entrada da área que não teve sequer falta quando o jogador brasileiro dos azuis e brancos poderia ter ficado cara a cara com o guarda-redes Adán e um pisão de Pepe sobre Chermiti que também não foi sequer sancionado como falta e que deixou o jovem avançado em dificuldades; no segundo tempo, já no quarto de hora final, Marcus Edwards chegou tarde a um lance com Zaidu à entrada da área do FC Porto e teve uma entrada mais dura sancionada com cartão amarelo.
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Além desses três lances, houve mais quatro com reclamações e que podiam ter sido alvo de intervenção do VAR (como foram quando foi o caso): além do golo anulado a Chermiti por fora de jogo (estava 61 centímetros à frente do último defesa), nota para três lances na área com Fatawu, Grujic e Marcano nas respetivas áreas que levaram a ligeiros protestos mas que não deram sequer paragem do jogo.