Três pessoas foram encontradas este sábado com vida entre os escombros na província turca de Hatay, 13 dias depois dos sismos registados na Turquia e na Síria, que provocaram mais de 40.000 mortos, segundo um novo balanço das autoridades turcas.

Responsáveis turcos elevaram este sábado para cerca de 40.000 o número de mortos devido aos sismos registados a 06 de fevereiro no sul do país, próximo da fronteira com a Síria, país em que já morreram perto de 4.000 pessoas, segundo dados oficiais.

O ministro do Interior turco, Suleyman Soylu, detalhou que, até ao momento, foram confirmadas 39.672 mortes nas dez províncias afetadas pelos sismos, que também deixaram mais de 13 milhões de desalojados.

Entretanto, de acordo com a emissora privada turca NTV, três pessoas, incluindo uma criança, foram encontradas vivas em Hatay, 296 horas depois do sismo.

Suleyman Soylu reiterou que a prioridade continua a ser os esforços de busca e salvamento, embora o tempo decorrido desde os sismos reduza as hipóteses de continuar a encontrar sobreviventes entre os escombros dos milhares de prédios desabados.

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Soylu enfatizou que mais de 264.000 trabalhadores estão mobilizados no terreno, incluindo serviços de busca e resgate, profissionais de saúde e agentes, e observou que existem aviões, helicópteros e navios designados para entregar ajuda.

Por seu lado, o ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, sublinhou que nesta altura se deve apelar “à unidade e à solidariedade”.

“Faremos todo o possível para curar essas feridas”, explicou, citado pela agência de notícias estatal turca, Anatólia.

O vice-presidente turco Fuat Oktay também negou que os esforços de busca e resgate tenham parado e detalhou que mais de 374.000 pessoas já foram retiradas das regiões afetadas, incluindo quase 1.600 crianças desacompanhadas. No entanto, referiu que mais de 950 “já foram reunidas com as suas famílias”.

Ao saldo de mortos na Turquia devem-se acrescentar 1.414 pessoas mortas em zonas da Síria controladas pelo Governo e 2.274 mortos em zonas nas mãos dos rebeldes, segundo dados da Defesa Civil síria, conhecidos como os ‘capacetes brancos’.

O diretor regional de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Rick Brennan, disse na semana passada, em Damasco, que o organismo estima que pelo menos 9.300 teriam morrido na Síria – cerca de 4.800 em áreas controladas pelas autoridades e 4.500 em áreas na mãos rebeldes -, embora tenha qualificado que neste momento não há como fazer uma projeção ajustada.

Os sismos na Turquia e na Síria, de 7,7 e 7,6 na escala de Richter, respetivamente, ocorreram em 06 de fevereiro e o número oficial de mortos é de cerca de 44 mil em ambos os países, número que se prevê continue a aumentar.