Na sequência da reportagem do Observador, que conta a história de cinco irmãos que se deslocam pelo menos três vezes por semana de Caneças, concelho de Odivelas, a Lisboa para receber uma refeição quente, o Governo garantiu esta terça-feira que já identificou a família.

Reportagem. Os irmãos que “dia sim, dia não” precisam de viajar de autocarro, metro e comboio para ter uma refeição na fila do Saldanha

“A família foi contactada ainda no dia de ontem (segunda-feira) e está neste momento a ser acompanhada pelas equipas locais da ação social, numa visita domiciliária, no sentido de se perceber qual é o problema de fundo desta questão”, avançou Ana Sofia Antunes, secretária de Estado para a Inclusão, à Rádio Observador. “E acreditamos que a situação estará controlada“, acrescentou.

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Isabel Jonet diz que falta articulação entre instituições no caso das crianças que vão a Lisboa para uma refeição quente

Dos cinco irmãos que se deslocam até ao Saldanha para receber uma refeição quente das associações que distribuem comida pelas ruas de Lisboa, quatro são menores — o mais novo tem apenas 8 anos. E, sobre esta situação, a secretária de Estado para a Inclusão garantiu que esta segunda-feira, depois da publicação da reportagem, o Governo enviou “um novo pedido a todas as estruturas que estão no terreno, para que qualquer situação que envolva crianças, possa, de imediato, ser reportada à Garantia para a Infância”.

Já sobre a articulação entre as várias instituições — desde a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) até às associações que estão no terreno –, Ana Sofia Antunes reconheceu “que, por vezes, possa falhar”.

“Choro no quarto para não chorar à frente da mãe”