Tal como já aqui tínhamos antecipado, a Alfa Romeo aproveita o ano de 2023 para actualizar os argumentos do Giulia e do Stelvio, que vão surgir com nova “cara” nos concessionários portugueses já no início do próximo mês. As alterações operadas pelo construtor de Arese não são de grande monta, mas são o suficiente para refrescar a imagem da berlina desportiva e do SUV italianos, mantendo-os no activo por mais algum tempo, para gáudio dos alfistas.
Por fora, o destaque vai para os faróis de matriz adaptativa full LED “3+3”, ou seja, composto por três módulos, o que confere aos renovados Giulia e Stelvio um “olhar” parecido ao do Tonale, ao mesmo tempo que recordam o Alfa Romeo SZ Zagato. Mas a estética aqui está ao serviço da função, pois o novo esquema assegura que a iluminação passa a ser mais eficaz, com o ajuste constante das luzes de médios consoante a velocidade e as condições de circulação, bem como com a ligação automática do terceiro módulo em curva, para melhorar a visibilidade, e a modulação do feixe de luz, para evitar encandeamentos. Não sendo uma novidade no sector, estas mudanças não deixam de favorecer os renovados Stelvio e Giulia, que passam a sim a facilitar a vida ao condutor e, simultaneamente, incrementam a segurança na condução nocturna. Atrás, as alterações voltam a incindir nas ópticas, com o Stelvio a exibir farolins traseiros em vidro com acabamento transparente, ao passo que os do Giulia são em vidro fumado e o acabamento é em preto brilhante. À frente, nota ainda para as alterações na grelha frontal e o diferente acabamento das grelhas inferiores, mais uma vez num claro movimento de aproximação ao Tonale, para assim se tornar mais evidente o ar de família na gama da Alfa.
Se exteriormente as mudanças são ligeiras, até porque o design do construtor italiano nunca foi um problema, pelo contrário; por dentro, as alterações são ainda mais exíguas. À primeira vista nada muda, excepção feita para o novo painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas, com três modos (Evolved, Relax e Heritage) que fazem variar o grafismo da visualização.
Potencialmente mais interessante, pelo menos para os que valorizam estar actualizados, é o facto de a central multimédia se basear num sistema operativo Android com conectividade 4G e actualizações over-the-air, o que é sinónimo de infoentretenimento personalizável e, se o cliente assim quiser, acesso (a pedido) a determinados serviços da marca.
Outra das novidades já é conhecida do Tonale. Referimo-nos à tecnologia Non-Fungible-Token, mais conhecida pela abreviatura NFT, que passa a ser igualmente disponibilizada no Stelvio e no Giulia, ou seja, transversal a toda a gama. Baseada no conceito blockchain card, esta tecnologia permite fazer uma espécie de retrato digital do veículo, registando os dados mais relevantes sobre a vida da viatura, o que pode ser particularmente vantajoso na altura de aliená-la, pois esse registo digital encriptado atenua a perda do valor residual.
Por fim, e mais uma vez em linha com a estratégia adoptada pelo Tonale, a gama organiza-se em cinco níveis de acabamento: Super, Sprint, Ti, Veloce e Competizione. Este último faz a sua estreia à laia de série especial com base na versão Veloce. Na prática, isto significa que estará disponível por um período limitado de tempo, posicionando-se como o topo de gama. Tem, por isso, direito a uma cor exclusiva (cinzento mate Moon Light) e a uma oferta muito mais enriquecida, em termos de equipamento, incluindo de série itens como o sistema de som Harman/Kardon e a tecnologia NFT. Sempre com suspensão activa (amortecedores controlados electronicamente), os Giulia e Stelvio Competizione podem montar o diesel de 210 cv ou o motor a gasolina de 280 cv.
No extremo oposto, as versões de acesso à gama estão disponíveis por valores a partir de 53.350€, no Giulia, ou 62.150€, no Stelvio, ambos equipados com o diesel de 160 cv.
