O Governo Regional dos Açores diz ter sido apanhado de surpresa pela saída de Luís Rodrigues da SATA para presidir à TAP. O executivo regional critica ainda a atuação do Governo da República, acusando-o de colocar em causa o processo de privatização da Azores Airlines atualmente em curso.

A nomeação do antigo administrador da SATA para a presidência da companhia aérea foi anunciada ao final da tarde de segunda-feira, em conferência de imprensa conjunta do ministro das Finanças, Fernando Medina, e das Infraestruturas, João Galamba, após serem confirmadas as exonerações de Christine Ourmières-Widener e de Manuel Beja dos orgãos de chefia da TAP.

Luís Rodrigues presidia ao Grupo SATA numa altura em que a empresa regional de aviação prepara a privatização da Azores Airlines. No entanto, o secretário regional das Finanças diz que o Governo Regional não participou no processo de decisão, e que apenas foi informado do que iria acontecer”.

“Houve um contacto, do Governo da República para o governo dos Açores, ontem [segunda-feira] por volta da hora do almoço, a informar que o Luís Rodrigues iria ser presidente da TAP. Por isso precebem quando refiro que é mais uma contrariedade”, notou.

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Na primeira reação do Governo Regional à nomeação, Duarte Freitas afirma que faltou “sentido de Estado” no processo de saída do CEO da SATA para a administração da TAP, ressalvando que a privatização da Azores Airlines se trata de “uma questão nacional”.

O governante açoriano vai mais longe, dizendo que “há muitas vontades nos Açores — e que dos Açores comunicam para o Governo da República — para que [o processo de privatização] não corra bem”. Apesar de admitir que a saída de Luís Rodrigues representa uma contrariedade, Duarte Freitas afirmou que o governo regional continua empenhado em seguir em frente com o processo de privatização.

Governo roubou “estabilidade” à SATA para resolver problema da TAP. Luís Rodrigues desejou há poucos dias que a vida corresse bem à TAP