Tudo começou quando Haraldur Thorleifsson, um islandês diretor sénior de design de produtos do Twitter, interpelou Elon Musk sobre a sua situação laboral na empresa. Como contou  à BBC, estava há dez dias sem acesso às suas contas da empresa. Tinha contactado o departamento de recursos humanos para perceber se ainda era funcionário da empresa ou não, sem sucesso. Até que decidiu perguntar ao CEO da empresa em direto, na rede social, e a conversa pública entre os dois homens acabou por trazer uma revelação: Elon Musk não vai à casa de banho sozinho.

Foi na terça-feira que Haraldur Thorleifsson fez a pergunta a Musk, que desconhecendo o cargo que o designer tinha, acabou por escrever que o funcionário nada fazia atualmente e alegava ter um problema físico, apesar de conseguir escrever múltiplos tweets.

Haraldur Thorleifsson sofre de distrofia muscular, sendo forçado a utilizar uma cadeira de rodas para se movimentar mas que em nada impede o exercício das suas funções. E ao explicar o seu problema, acaba por revelar um “problema” de Musk: não vai à casa de banho sozinho por ter medo de ser atacado por alguém a quem ele tenha “magoado”.

No decurso desta conversa, o funcionário revelou ter sido despedido pelos recursos humanos da rede social. Mas a história não acabou aqui.  O segundo homem mais rico do mundo, de acordo com a Forbes, acabou por pedir desculpas ao funcionário depois de terem tido uma conversa telefónica. Musk ligou ao funcionário, referindo que falar é preferível do que tweetar, e deu disso conta na rede social, revelando que Thorleifsson pondera agora continuar na empresa norte-americana.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Thorleifsson não é um desconhecido na Islândia. A promoção das acessibilidades a pessoas portadoras de deficiência que tem desenvolvido no país tem sido reconhecida oficialmente.  E também não é um funcionário vulgar do Twitter: em 2021, o designer vendeu a sua empresa, a Ueno, à rede social, trabalhando a partir de então no Twitter.

Esta é só a mais recente polémica de Musk enquanto CEO da plataforma digital, acusado nas redes sociais de ser mal educado e deselegante com os seus trabalhadores. Em fevereiro, despediu cerca de 200 funcionários, elevando o total para mais de três mil rescisões desde que tomou conta da empresa em outubro do ano passado, revela o jornal The Guardian.