Curiosity, o robô que a agência espacial dos Estados Unidos da América, a NASA, enviou para Marte em 2012, captou uma imagem inédita de um pôr do sol em Marte.

Foi a 2 de fevereiro que, enquanto percorria o planeta vermelho, a sonda da NASA observou os raios de sol a iluminar um banco de nuvens. Também conhecidos como “raios crepusculares”, esta foi a primeira vez que foram vistos com “tanta clareza” em Marte.

Enquanto a maioria das nuvens marcianas pairam numa altitude de não mais do que 60 quilómetros, e são compostas por gelo de água, as captadas na imagem parecem estar a uma altitude superior, “onde faz muito frio”. Citando a agência espacial, “isto sugere que estas nuvens são feitas de dióxido de carbono ou gelo seco”.

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A 27 de janeiro, o Curiosity captou um conjunto de nuvens coloridas em forma de pena. Quando iluminadas pelo sol, certos tipos de nuvens podem criar uma exibição, como um arco-íris, a que a NASA chama de “iridescência”.

NASA 27 de janeiro

“Quando vemos uma iridescência, significa que os tamanhos das partículas de uma nuvem são idênticos aos dos seus vizinhos em cada parte da nuvem” disse Mark Lemmon, cientista do Space Science Institute em Boulder, no Colorado, citado no comunicado da NASA.

“Ao observar as transições de cores, estamos a ver o tamanho das partículas a mudar na nuvem. Isso ajuda-nos a perceber a forma como a nuvem está a evoluir e como as suas partículas estão a mudar de tamanho ao longo do tempo”, explicou o cientista.

A sonda Curiosity foi enviada pela NASA para Marte há mais de 10 anos para perceber como é que o planeta vermelho passou de quente e húmido para um deserto gelado. Para captar estas imagens, o robô utiliza a lente de cor Mast Camera, ou Mastcam, que ajuda os cientistas a perceber a forma como as partículas das nuvens crescem ao longo do tempo.