Quatro vitórias seguidas, três sem sofrer golos, a melhor fase da temporada. Com o triunfo deste domingo frente ao Boavista, em Alvalade, o Sporting confirmou que está a viver o período mais regular e consistente da época e carimbou quatro triunfos consecutivos no Campeonato, um registo que ainda não tinha alcançado na atual temporada e que só tem paralelo nas últimas quatro jornadas da época passada.

Rúben queria um DJ, Nuno mostrou que é um compositor de vitórias e levou a letra escrita (a crónica do Sporting-Boavista)

Os leões abriram o marcador com um golo brilhante de Nuno Santos — que chegou aos oito na atual temporada, sendo que nunca marcou menos do que isso desde que chegou a Alvalade –, aumentaram a vantagem com um autogolo de Salvador Agra e fecharam as contas já nos descontos e por intermédio de Paulinho, que marcou pelo terceiro jogo consecutivo. Desde dezembro que o avançado português não tinha um registo tão positivo, sendo que já igualou os 14 golos apontados pelo Sporting na época passada.

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Além da série inédita de vitórias consecutivas para o Campeonato, a equipa de Rúben Amorim igualou o melhor período de invencibilidade nesta temporada: leva sete jogos seguidos sem perder em todas as competições, com cinco triunfos e dois empates, entre Primeira Liga e Liga Europa. Na zona de entrevistas rápidas, logo depois do apito final, o treinador leonino mostrou-se satisfeito com a prestação da equipa.

“Entrámos com boa velocidade, controlámos muito bem o jogo. Baixámos a intensidade no fim da primeira parte, altura em que o Boavista também teve mais bola, mas fomos criando ocasiões. Falhámos à frente da baliza. Golo do Nuno Santos? Andamos a fazer os mais difíceis e depois os mais fáceis… Mas a equipa fez um jogo competente”, começou por dizer Amorim.

Mais à frente, o treinador foi questionado sobre o onze inicial que apresentou — com Diomande e Chermiti, deixando Gonçalo Inácio e Paulinho no banco — e até que ponto foi já a pensar na decisiva visita ao Arsenal, na quinta-feira, na segunda mão dos oitavos de final da Liga Europa. “Só pensei no fim, deixei o Morita. Mas no início não. Este era o jogo mais importante. O Inácio fez um grande jogo contra o Arsenal mas estava cansado, o Jer [St. Juste] também. E temos de pôr o Ousmane [Diomande] porque ele merece. O Nuno Santos costuma ser titular, o Pote esteve na frente. Quanto ao Paulinho e ao Chermiti, têm de jogar os dois. O Paulinho correu muito no último jogo, o Chermiti estava cheio de fome. Não finalizou tão bem mas fez a defesa adversária correr”, acrescentou.

“Defendemos quase sempre numa linha de quatro. O Nuno Santos aguentou-se muito tempo na frente, estamos a controlar muito bem as transições. Pressionámos desde o primeiro momento e a equipa está a melhorar. O Nuno Santos ainda pode ser muito melhor. Faz estes golos difíceis, tem sempre bons números, mas ainda pode melhorar no entendimento do jogo. Ainda é um jogador muito novo. Parabéns pelo golo espetacular que marcou, mas o que tenho para lhe dizer é que ainda pode ser muito melhor. Arsenal? É uma equipa com muita qualidade, ainda hoje estivemos a ver o jogo deles [vitória contra o Fulham], jogue quem jogar. Vai ser um jogo completamente diferente desde que tivemos hoje”, terminou o técnico dos leões.