Quarta proposta, quarta rejeição. O nome de Jorge Galveias, proposto pelo Chega para vice-presidente da Assembleia da República, foi rejeitado apenas com 58 votos a favor entre os 198 deputados que votaram. Depois de Diogo Pacheco Amorim, Gabriel Mithá Ribeiro e Rui Paulo Sousa esta foi a quarta tentativa do partido liderado por André Ventura para tentar eleger um nome para o lugar.

Para além dos 58 votos favoráveis, registaram-se ainda 112 votos brancos e 28 nulos. Este foi o segundo melhor resultado de um nome proposto pelo Chega, atrás dos 64 votos favoráveis recolhidos por Rui Paulo Sousa. Já Diogo Pacheco Amorim registou o resultado mais baixo recolhendo apenas 35 votos favoráveis.

O presidente do Chega já aponta a uma quinta tentativa e apesar de ainda não ter adiantado o nome, André Ventura aponta ao dia 31 de março como a data para uma nova votação, que possa decorrer em simultâneo à escolha do novo conselho regulador da Entidade Reguladora da Comunicação.

Numa declaração aos jornalistas depois de conhecido o resultado da votação, André Ventura atira ao PSD ao dizer que “não acompanharam na sua maioria o candidato do Chega, contrariando assim a indicação que o próprio líder deu em relação a esta votação”, acrescentando que o PSD vive uma “instabilidade ziguezagueante”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O assunto não foi alvo de conversa na reunião da bancada social democrata esta manhã por estar já esclarecido, como indicou o próprio Luís Montenegro, numa referência a um email que foi enviado pelo líder do grupo parlamentar aquando da última votação.

Miranda Sarmento, concertado com Montenegro, pede a deputados do PSD para votarem em ‘vice’ do Chega

André Ventura considera que com esta quarta rejeição fica provado que “não se trata do perfil ou do nome do candidato, é uma questão de cerco político ao Chega” e que, por isso, “o Parlamento tem um problema democrático”. O líder do Chega já deu conta a Augusto Santos Silva a intenção de apresentar um quinto nome, frisando que o Chega “não vai desistir de fazer cumprir as regras democráticas”.