Três pessoas ficaram feridas na sequência de uma derrocada esta quinta-feira no concelho de Câmara de Lobos, na Madeira, confirmou ao Observador fonte dos bombeiros voluntários de Câmara de Lobos.
O acidente aconteceu na Fajã das Galinhas, naquele concelho madeirense, ao início da manhã desta quinta-feira, no momento em que uma derrocada de pedras atingiu uma paragem de autocarro onde estavam várias pessoas.
Quatro viaturas e oito bombeiros foram enviados para o local — e as três vítimas, depois de terem sido assistidas ainda no local, foram transportadas para o Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.
Também em declarações ao Observador, o presidente da câmara de Câmara de Lobos, Pedro Coelho, salientou que não há vítimas mortais e que as autoridades ainda estão a avaliar os riscos.
“Felizmente, não há vítimas mortais. Neste momento estão aqui o serviço municipal de proteção civil de Câmara de Lobos, também o serviço regional de proteção civil. Uma equipa de bombeiros já está a avaliar o talude, estamos também à espera da equipa de rocheiros do Governo Regional para ajudar nessa avaliação”, disse.
“Neste momento a estrada está encerrada. É uma zona onde vivem cerca de 180 pessoas”, acrescentou ainda, sublinhando que aquela é uma zona “problemática” onde “muitas vezes há derrocadas, mas pequenas; desta vez foi grande”.
Questionado sobre se ainda existe risco de novas derrocadas, Pedro Coelho destacou que a ocorrência já foi avaliada, tendo sido “detetadas três a quatro situações de pedra instável” que necessitam de ser corrigidas, sem prejudicar três moradias próximas, através do “desmonte rochoso”.
Em declarações à Rádio Observador, Pedro Coelho disse ainda que os serviços municipais da autarquia estão a tratar do realojamento de três famílias, num total de nove pessoas. Uma delas, por precaução, optou por ficar provisoriamente em casa de familiares, estando pendentes as soluções para os outros dois agregados.
Em causa estão três casas localizadas junto ao sítio onde ocorreu o incidente, na Fajã das Galinhas, uma das quais sofreu “pequenos danos”, acrescentou.
A autarquia referiu que “estão em opção um centro comunitário e uma residência artística, desocupada, na zona do Ilhéu, em Câmara de Lobos”, enquanto procura alternativas em conjunto com o Instituto de Segurança Social da região e a Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM).
Escarpa onde ocorreu derrocada limpa na sexta-feira
O município de Câmara de Lobos prevê que a limpeza da escarpa onde ocorreu a derrocada seja realizada durante o dia de sexta-feira, disse à Lusa o presidente da autarquia madeirense. O secretário regional de Equipamentos e Infraestruturas, Pedro Fino, visitou a zona acidentada e referiu aos jornalistas que a equipa de rocheiros vai provocar a queda das rochas instáveis com o apoio de antiferes de betão maciço, de maneira a proteger as habitações e bens.
Pedro Fino realçou ainda que “a escarpa tem muita vegetação, e por isso o trabalho encontra-se dificultado”, sendo que as entidades se encontram a trabalhar para “conferir a máxima segurança” e “restabelecer a normalidade”.
Além do secretário regional e do autarca, estiveram ainda no local elementos da Proteção Civil Municipal, do Laboratório Regional de Engenharia Civil e da área social da câmara.