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Passou um ano desde que as forças russas bombardearam o Teatro de Mariupol, “um dos crimes mais graves” nos mais de doze meses de guerra, disse esta quinta-feira o Presidente ucraniano. “Um objeto civil deliberadamente destruído pelos invasores. Ainda não sabemos exatamente o número de vítimas? Centenas de pessoas? Milhares?”, lembrou, garantindo que será estabelecido um tribunal para julgar a Rússia e trazer justiça ao povo ucraniano.
“O dia virá em que todos os perpetradores de crimes de guerra contra os ucranianos vão ser trazidos à justiça nos corredores do Tribunal Penal Internacional (TPI) e tribunais nacionais”, afirmou Volodymyr Zelensky no seu habitual discurso diário.
A 16 de março de 2022 as autoridades ucranianas denunciaram que um bombardeamento russo atingiu o teatro de Mariupol, onde se refugiavam civis que esperavam ser retirados da cidade. O ataque foi descrito pela Amnistia Internacional como um ato “deliberado” e um crime de guerra. “A inscrição ‘crianças’ junto ao edifício indicava claramente aqueles que se tornaram o alvo da Rússia, um de muitos alvos”, recordou Zelensky.
Há um ano, os militares russos cometeram um dos crimes mais graves nesta guerra. As bombas russas destruíram o teatro em Mariupol. O edifício era usado como um abrigo. Estavam lá mulheres com crianças, mulheres grávidas e idosos.”
O líder ucraniano garantiu que o país já está caminhar para obter justiça, um trabalho que conta com os contributos da procuradoria, dos serviços especiais, do governo e diplomatas, bem como os investigadores internacionais que se juntaram na recolha de dados sobre possíveis crimes de guerra. “Todos os Rashists [ termo depreciativo usado pelos ucranianos para definir militares russos ou apoiantes da invasão].” serão responsabilizados. Vão ser responsabilizados por cada vida ucraniana perdida”, sublinhou Zelensky.
Autoridades russas cometeram crimes de guerra na Ucrânia, diz comissão da ONU
Esta quinta-feira uma comissão internacional da Organização das Nações Unidas (ONU) disse ter provas suficientes para julgar autoridades russas por crimes de guerra na Ucrânia e na Rússia. No curso da sua investigação os investigadores dizem que foram recolhidas evidências de que as forças russas cometeram também crimes contra a humanidade, nomeadamente na onda de ataques que contra as infraestruturas de energia ucranianas e no uso de tortura.