A Ferrari faz, regularmente, autêntica magia. Produz veículos potentes, belos e eficientes, e exige em troca destas peças de arte – e de colecção – verdadeiras fortunas. Mas, como em tudo na vida, dois produtos da mesma empresa não devem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo e daí que, por muito belo que seja o Ferrari Portofino M, há um modelo descapotável que tem de desaparecer para que um novo ocupe o seu lugar.
A Ferrari revelou ao mundo, na passada semana, o novo Ferrari Roma Spider, o elegante Roma em versão roadster, com uma capota de lona a realçar as formas do coupé com 2+2 lugares equipado com um potente motor 3.9 V8 biturbo. É claro que o Roma Spider criava alguns problemas de sobrevivência ao Portofino M, o roadster com tejadilho retráctil que há muito era o modelo mais acessível da Ferrari, mas havia sempre a possibilidade de o Portofino M se manter no activo, como um roadster de quatro lugares com capota rígida, enquanto o Roma oferecia o mesmo espaço e capota em lona.
Ambos os modelos montam o 3.9 V8 biturbo da Ferrari com 620 cv, mas o Portofino, que já só existia na versão M, como roadster, surgiu originalmente em 2017, enquanto o Roma é três anos mais recente. O Roma é igualmente mais refinado, atraindo clientes que tradicionalmente usam marcas mais luxuosas, como a Aston Martin ou a Bentley, com a capota em lona a garantir um peso inferior, o que é sinónimo de mais rapidez e agilidade.
A Ferrari confirmou à Road & Track e à Carscoops que o Portofino M vai ser abandonado, para deixar espaço livre para o novo Roma Spider. O tejadilho em lona deste último tem vantagens e desvantagens, mas o construtor italiano acredita que as primeiras ultrapassam largamente as segundas, tanto mais que além de mais leve, este tipo de solução confere ao modelo uma segunda textura, a lona, bem como uma segunda cor, o preto da capota.