A Ford apresentou esta terça-feira o seu novo Explorer. Não o SUV de sete lugares com motores de combustão que já tem no mercado há algum tempo, mas sim o SUV eléctrico que promete começar a vender até final do ano, por cerca de 45.000€. O modelo em causa é fruto da colaboração entre a Ford e o Grupo Volkswagen, em que os alemães fornecem a plataforma MEB – utilizada nos VW ID.3, ID.4, ID.5, além do Skoda Enyaq iV, Cupra Born e Audi Q4 e-tron – enquanto os norte-americanos colocam à disposição a base da sua pick-up para a Volkswagen Amarok.
O Ford Explorer é um SUV de cinco lugares, com um design que favorece o volume interior, o que pode ser mau para a aerodinâmica, mas será obviamente mais interessante para o espaço no habitáculo e mala. Com esta estratégia, a Ford acaba por aproximar-se do Q4 e-tron e Skoda Enyaq iV, afastando-se dos mais esguios ID.4 e ID.5, apesar de estranhamente anunciar uma bagageira com apenas 450 litros, contra 520 do Q4 e-tron, 543 do ID.4 ou 585 do Enyaq iV.
O Explorer eléctrico será produzido na Europa, em Colónia, na fábrica alemã recentemente adaptada à produção de modelos a bateria, com o arranque da produção a ter lugar ainda este ano. A marca norte-americana não avançou grandes pormenores, mas o simples facto de recorrer à MEB permite concluir que pode montar um motor atrás, nas versões mais acessíveis, ou um motor por eixo nas versões mais potentes, que lhes confere tracção às quatro rodas.
Com 4,46 m de comprimento, 1,87 m de largura e 1,60 m de altura, a que alia uma distância entre eixos de 2,77 metros, valores em tudo similares aos seus “irmãos” do Grupo VW, o Explorer a bateria tem a capacidade de rebocar 1200 kg ou 1400 kg, dependendo da potência. Isto porque o novo SUV eléctrico, que se assume como uma versão mais pequena do Mustang Mach-E, vai oferecer uma versão mais acessível com 170 cv e outra intermédia com 286 cv, ambas com apenas um motor. A versão do Explorer com dois motores será a mais performante, cortesia dos 340 cv, o que ultrapassa em 40 cv a potência máxima da MEB quando está ao serviço das marcas do Grupo VW.
As fotos revelam um interior com vários espaços para arrumação e o grande ecrã vertical que já conhecíamos do Mach-E. Resta saber se o software a utilizar vai ser o da Ford, que funciona bastante bem, ou o dos alemães, que deixa muito a desejar e que, apesar das promessas, tarda em ser actualizado. Veja em baixo como decorreu a apresentação do modelo: