A Federação dos Sindicatos de Administração Pública (FESAP) entregou esta terça-feira um pré-aviso de greve de 10 dias, entre 10 e 21 de abril, dos trabalhadores administrativos no Hospital Amadora-Sintra, exigindo a aplicação das valorizações remuneratórias.

A FESAP avançou também com um pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário entre 5 de abril e 5 de maio no hospital que serve os concelhos de Amadora-Sintra.

Segundo os dois pré-avisos de greve, são abrangidos os trabalhadores que prestam funções administrativas no Hospital Fernando Fonseca (HFF), “independentemente da natureza do vínculo, cargo, função ou setor de atividade, vinculados em regime de emprego público ou em regime laboral comum”.

Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral FESAP, José Abraão, lembrou o acordo celebrado com o Governo para garantir 52 euros de aumento para os trabalhadores da administração pública e em concreto das carreiras gerais, nomeadamente assistentes técnicos, assistentes operacionais, técnicos superiores, mas também uma valorização nas carreiras gerais de mais 52 euros, o que daria 104 euros.

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Segundo o dirigente sindical, o HFF pagou apenas os 52 euros, “depois de ter prometido que iria analisar a possibilidade de adesão ao acordo”, remetendo o problema para o Ministério da Saúde.

José Abraão adiantou que estão nesta situação mais de 1.000 trabalhadores das carreiras gerais, “os parentes pobres da administração pública e neste caso parentes pobres da saúde”, entre assistentes técnicos, assistentes operacionais e técnicos superiores, mas também os técnicos superiores de diagnóstico, “cujo acordo também o hospital não subscreveu e é urgente que subscreva”.

As greves têm como objetivo exigir a aplicação do decreto-lei que aprova medidas de valorização dos trabalhadores em funções públicas e a aplicação dos acordos coletivos de trabalho para os trabalhadores com contrato individual de trabalho.

Para o secretário-geral da FESAP, o Conselho de Administração do HFF deve resolver este problema e “não se escudar na existência de um acordo de empresa celebrado quando era uma parceria público privada, porque já não é uma parceria público privada, é um hospital EPE”.

“Podia ter feito como tantos outros hospitais, nomeadamente o Hospital das Caldas da Rainha, fazendo o tal acordo de adesão, resolvendo este problema, e aplicando com justiça o acordo que foi celebrado pelo Sintap e a FESAPcom o Governo”, defendeu.

De acordo com o pré-aviso de greve, os trabalhadores assegurarão a prestação dos serviços mínimos.