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A cadeia francesa Leroy Merlin, um dos principais empregadores estrangeiros na Rússia, anunciou nesta sexta-feira que quer ceder a totalidade das lojas no país para “gestão local”, mais de um ano após a invasão russa da Ucrânia.

O grupo Adeo, que detém a Leroy Merlin, rede de lojas de materiais de construção, jardinagem e decoração, comunicou a “intenção de ceder o controlo” da empresa, implantada há 18 anos na Rússia, o seu segundo maior mercado a seguir a França.

A operação “deve permitir preservar os postos de trabalho dos 45.000 colaboradores e continuar a atividade da empresa”, segundo o comunicado do grupo francês, detido pela família Mulliez.

O grupo Adeo tinha afirmado no ano passado que mantinha a sua atividade na Rússia, mas que suspendia qualquer novo investimento, falando no risco de “expropriação” caso se retirasse, uma ameaça lançada pelas autoridades russas.

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O negócio será submetido à aprovação das autoridades competentes na Rússia, precisa o comunicado, adiantando que este foi “um trabalho iniciado há meses, em conformidade com os regulamentos aplicáveis”.

As 113 lojas Leroy Merlin neste país representam entre 18 e 20% do volume de negócios total da empresa, disse esta à AFP.

Depois de muitos grupos franceses e ocidentais terem abandonado a Rússia desde o início do conflito na Ucrânia, em fevereiro de 2022, a decisão de permanecer da família Mulliez, que tem outros interesses no país, suscitava críticas.