(Em atualização)

O navio Mondego — que foi recentemente alvo de polémica quando um grupo de militares recusou embarcar para uma missão por alegar falta de condições — abortou uma missão que implicava o transporte até às Selvagens, no arquipélago da Madeira, de agentes da Polícia Marítima e vigilantes da natureza, na segunda-feira à noite. Em causa estão “motivos de ordem técnica“, que não foram ainda especificados pelas autoridades.

Segundo um comunicado citado pelo Diário de Notícias Madeira, assinado pelo comandante da Zona Marítima da Madeira, Rui Manuel Teixeira, o Mondego será alvo, ainda esta terça-feira, de uma inspeção técnica feito por peritos da Direção de Navios, que se deslocarão de propósito à ilha de Madeira. O jornal escreve que a inspeção será a segunda em apenas duas semanas ao navio. A embarcação será, para já, substituída pelo NRP Setúbal, que já chegou à Madeira para cumprir a missão até às Selvagens.

O NRP Mondego “largou ontem [segunda-feira] pelas 22.20 horas do Porto do Funchal por forma a efectuar a rendição dos agentes da Polícia Marítima e dos elementos do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza nas Ilhas Selvagens, tendo, por motivos de ordem técnica, regressado ao início da manhã de hoje [terça-feira] ao Porto do Caniçal, em segurança”, refere o comunicado.

A notícia que o navio teve de abortar viagem foi avançada pelo Correio da Manhã. A RTP acrescenta que o navio sofreu uma avaria e teve de ser rebocado até ao porto do Caniçal.

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O jornal acrescenta que, quando abortou a missão, o navio já estava a cerca de oito quilómetros do Funchal, de onde partiu com atraso depois de as chaminés terem emitido uma grande quantidade de fumo. O navio está, atualmente, atracado no porto do Caniçal. O Observador tentou contactar a Marinha e o porto do Caniçal, mas não obteve resposta até ao momento.

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O navio em causa é o mesmo que esteve no centro de uma polémica na Marinha que levou à suspensão dos 13 militares que se recusaram a embarcar alegando falta de condições para navegar. Ficou, assim, por cumprir uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha do Porto Santo, na Madeira.

A Marinha confirmou, mais tarde, que o navio estava com “uma avaria num dos motores”, mas defendeu que os navios de guerra “podem operar em modo bastante degradado sem impacto na segurança”, uma vez que têm “sistemas muito complexos e muito redundantes”.

O almirante Gouveia e Melo, chefe do Estado-Maior da Armada, criticou duramente a postura dos militares, que acusou de indisciplina, e defendeu que a última decisão cabe ao comandante da embarcação, que deu ordem para que o navio partisse.

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