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O Presidente russo, Vladimir Putin, vai conceder a um estudante da região de Bryansk uma medalha “Pela Coragem” por ter resgatado duas raparigas durante um ataque alegadamente levado a cabo por “sabotadores ucranianos”.

Putin acusa “terroristas” ucranianos de entrarem na Rússia e atacarem civis russos. Ucrânia diz que é “provocação deliberada” de Moscovo

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“Pela coragem e altruísmo demonstrado no cumprimento do dever cívico, concedo esta medalha ‘Pela Coragem’ a Fyodor Vitaliyevich Simonenko“, refere um decreto assinado por Vladimir Putin.

No início de março, a Rússia acusou um grupo de “sabotadores ucranianos” de ter atravessado a fronteira para o distrito russo de Klimovsky e abrir fogo contra dois carros civis. Segundo a agência estatal russa Ria, Fyodor Simonenko, de dez anos, e duas raparigas seguiam a caminho da escola num dos veículos que foi atacado.

A agência russa alega que o rapaz terá sido atingido por um dos disparos, tendo a bala entrado na cavidade pleural esquerda. Apesar do ferimento,  terá conseguido sair sozinho do carro e ajudar as duas raparigas a escapar do local.

O rapaz acabou por ser hospitalizado e submetido a uma cirurgia de cerca de quatro horas, seguindo-se um período de recuperação de duas semanas no hospital local. Na sequência do ataque, o governador regional, Alexander Bogomaz, ofereceu uma casa à família Simonenko.

A Rússia descreveu o caso como um “ataque terrorista”. A Ucrânia negou qualquer envolvimento na operação, que foi reivindicada pelo Corpo de Voluntários Russos na rede social Telegram. O grupo garantiu, no entanto, não estar a lutar contra os civis. “Não matamos pessoas desarmadas. Chegou a altura de os cidadãos russos entenderam que não somos escravos”, referiram na altura os membros da unidade.