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O dia ficou marcado pela notícia de que as autoridades russas detiveram um correspondente do jornal Wall Street Journal por suspeitas de espionagem. É o primeiro caso desta natureza desde 1986. Esta quinta-feira foi também detido o russo cuja filha fez desenho pró-Ucrânia e que fugira antes de saber a sentença. Alexei Moskalyov terá sido capturado na Bielorrússia.
O Presidente Volodymyr Zelensky destacou esta quinta-feira os 400 dias de resistência ucraniana desde que, a 24 de fevereiro do ano passado, as tropas russas invadiram o país. “Não vamos deixar nenhum traço da Rússia no nosso território. E não vamos deixar que o inimigo fique impune”, sublinhou.
Estes são os principais destaques desta quinta-feira:
O que aconteceu durante a noite?
- O parlamento turco ratificou a adesão da Finlândia à NATO. É o último dos 30 membros da Aliança Atlântica a autorizar a integração do país nórdico, depois de a Hungria ter feito o mesmo esta semana. A candidatura da Suécia continua bloqueada por Ancara e Estocolmo.
- Na mais recente atualização sobre a guerra, o Ministério da Defesa da Ucrânia disse que morreram pelo menos 172.900 combatentes desde o início da guerra, há mais de um ano.
- O ministro da Defesa ucraniano agradeceu aos Estados Unidos o envio dos veículos de combate Stryker e Cougar, que já teve oportunidade de testar. “Vão aproximar-nos da vitória”, escreveu numa publicação na conta oficial do Twitter.
- Os EUA mostraram-se “surpreendidos” e “preocupados” com detenção na Rússia do jornalista norte-americano do Wall Sreet Journal. O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, já apelou à saída de todos os norte-americanos que residem na Federação Russa.
- A Casa Branca disse ter informações de que a Rússia está ativamente a procurar obter munições adicionais da Coreia do Norte. Em troca estará disposta a enviar alimentos, numa altura em que Pyongyang enfrentava uma crise alimentar.
- O Presidente russo assinou um decreto para o recrutamento de primavera. Segundo a agência de notícias estatal Ria, serão convocados 147.000 russos entre os 18 e 27 anos que irão, assim, cumprir a chamada recruta militar.
O que aconteceu durante a tarde?
- Sergey Lavrov, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, deverá visitar a Turquia na próxima semana, relatou esta quinta-feira a televisão turca NTV. Já no dia anterior o Presidente turco indicou que o homólogo russo, Vladimir Putin, deverá visitar o país no mês de abril.
- O vice ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia clarificou que Moscovo continuará a informar os Estados Unidos da América sobre qualquer teste de mísseis, informa a CNN.
- A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, admitiu que a forma como a China “continua a interagir com a guerra de Putin vai ser um fator determinante para as relações entre a UE e a China daqui para a frente”.
- O Wall Street Journal negou “veementemente” as suspeitas de espionagem que recaem sobre o seu correspondente, mostrando-se “profundamente preocupados com a sua segurança”. Em reação à detenção, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Ryabkov, disse que é demasiado cedo para se falar numa troca de prisioneiros.
O que aconteceu durante a manhã?
- Dmytro Kuleba, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia,d disse no Twitter que a “presidência da Rússia no Conselho de Segurança nas Nações Unidas a 1 de abril é uma má piada”. “A Rússia usurpou o lugar”, disse o governante ucraniano.
- Quatro banqueiros que ajudaram Sergey Roldugin, um amigo próximo de Putin, a mover milhões de francos através de contas na Suíça, foram condenados por falta de diligência em transações financeiras.
- O boletim diário dos serviços de informação do Ministério da Defesa do Reino Unido indica que a Rússia estará a preparar uma campanha de recrutamento de soldados, com a ambição de recrutar mais 400 mil soldados.
- O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês) partilhou na habitual análise diária que as forças russas conseguiram avançar ao longo dos dois últimos dias nas zonas sudeste e sudoeste de Bakhmut.
- O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, avançou que a Ucrânia está a preparar uma contraofensiva com os tanques Leopard cedidos por vários países do Ocidente. As revelações foram feitas numa entrevista ao canal ERR, da Estónia.