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Os Estados Unidos declararam formalmente que Evan Gershkovich, jornalista do Wall Street Journal preso na Rússia sob acusações de espionagem, foi “detido indevidamente”, abrindo caminho a que a libertação do jornalista seja resolvido pelos canais diplomáticos de Washington.

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“Hoje, o secretário de Estado, Anthony Blinken fez uma determinação que Evan Gershkovich foi detido indevidamente pela Rússia”, anunciou esta segunda-feira o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Vedant Patel.

A determinação por parte do governo dos EUA formaliza uma convicção que já tinha anteriormente sido manifestada por Washington, e coloca novas ferramentas à disposição da administração Biden para tentar a libertação do jornalista.

De acordo com o Wall Street Journal, o caso de Gershkovich passa agora a estar diretamente sob a alçada do Departamento de Estado, mais concretamente do Gabinete do Enviado Especial do Presidente para Assuntos de Reféns, cujo propósito é a negociação de trocas de prisioneiros considerados reféns ou que os EUA considerem ter sido presos injustamente noutros países. A basquetebolista Brittney Griner, libertada em dezembro de 2022, e Paul Whelan, antigo militar que ainda se encontra detido na Rússia desde 2018, estavam ambos sob este estatuto.

Os responsáveis do governo dos EUA frisaram a rapidez “sem precedentes” com que este estatuto foi concedido a Gershkovich, que ainda nem sequer se encontrou com os representantes do consulado norte-americano na Rússia.

Blinken já tinha, de resto, dado conta da sua convicção de que a prisão do jornalista era indevida. “Não há duvidas de que ele está preso injustamente na Rússia”, disse o responsável na passada quarta-feira. Moscovo, pela sua parte, tem mantido que o jornalista foi apanhado em flagrante a cometer atos de espionagem, mas não ofereceu até ao momento quaisquer provas nesse sentido.

A detenção de Gershkovich tem causado uma onde de solidariedade para com o jornalista, e de condenação da Rússia. Os advogados do jornalista têm vindo a apelar contra a sua detenção, ao mesmo tempo que os serviços consulares dos EUA tentam entrar em contacto com o jornalista — um processo que a Rússia diz que “está a ser resolvido”.

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