A organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) descartou a hipótese de instalar uma ponte militar a unir as margens do Trancão, considerando que não justificaria o investimento, disse à agência Lusa fonte da Câmara Municipal de Loures.
Numa entrevista à Lusa, a vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Sónia Paixão (PS), com o pelouro da JMJ, adiantou que a decisão de abandonar o projeto da instalação da ponte militar foi tomada de “forma consensual” pelos municípios que vão acolher o evento, Loures e Lisboa, e pela Igreja.
“A ponte militar foi uma das hipóteses colocada. Já foi abandonada porque já se percebeu que, do ponto de vista da evacuação, numa situação de emergência não iria ser necessária. Também não era por lá que ia passar o papamóvel”, apontou a autarca.
Nesse sentido, Sónia Paixão explicou que “pesadas as questões”, nomeadamente o “enorme investimento”, a decisão foi “deixar cair a concretização da ponte militar”.
O investimento para a colocação (provisória) de uma ponte militar, que ligasse as margens do rio Trancão nos concelhos de Loures e de Lisboa, poderia chegar a um milhão de euros, sendo o valor suportado a meias pelas duas autarquias.
Em 14 de março, o coordenador da JMJ nomeado pelo Governo, José Sá Fernandes, já tinha referido durante uma audição da subcomissão da Assembleia Municipal de Lisboa que a ponte militar estava “reservada”, ressalvando que a sua colocação seria uma decisão dos dois municípios.