Além de Christine Ourmières-Widener, vários administradores da TAP usaram os carros da frota da empresa e motoristas para fins pessoais, noticia o Dinheiro Vivo. Alexandra Reis pediu a motoristas que levassem filhos à Academia do Sporting e Gonçalo Pires ao colégio. Fernando Medina foi visto a conduzir o carro de Stéphanie Sá Silva, ex-diretora jurídica.
A prática que foi divulgada por um motorista e confirmada pela ex-CEO da companhia aérea, na comissão de inquérito parlamentar à gestão da TAP, era habitual no seio dos administradores da TAP.
Alexandra Reis, que criticou a conduta alegadamente apenas levada a cabo por Christine Ourmières-Widener, também terá recorrido aos serviços dos motoristas da TAP para que levassem os filhos até à Academia do Sporting onde jogavam futebol e para várias emergências familiares.
O Dinheiro Vivo releva ainda que Gonçalo Pires, administrador financeiro, também entra no lote de quem pediu deslocações pessoais, nomeadamente para que os filhos fossem levados ao colégio, e que uma outra diretora chegou mesmo a pedir um carro maior devido à falta de espaço para a família.
Uma fonte citada pelo Dinheiro Vivo revela ainda que o carro da mulher de Fernando Medina, que abandonou as funções de diretora jurídica da TAP quando o ex-presidente da câmara de Lisboa assumiu o cargo de ministro das Finanças, estava até personalizado com suportes de bicicleta no tejadilho.
Mais do que isso, o agora governante também conduzia a carrinha Peugeot 308 a que a trabalhadora da TAP tinha direito — o que poderá não levantar problemas, dependendo do contrato de atribuição de carro à na altura diretora jurídica da TAP, Stéphanie Sá Silva.
Caso de motorista da TAP revelou “liderança pouco servidora” de Christine Ourmières-Widener