Há três meses que o número de trabalhadores abrangidos pelo layoff previsto no Código do Trabalho não pára de aumentar. Em março, estavam neste regime, que permite reduzir horários de trabalho, 4.432 pessoas, uma subida de 50,6% (mais 1.490 pessoas) face há um ano.

Os dados constam na síntese de informação estatística da Segurança Social divulgada esta quinta-feira pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP), que todos os meses revela o número de trabalhadores e empresas abrangidos pelo layoff.

Em março, os dados mais recentes, 263 entidades empregadoras tinham trabalhadores em layoff, mais 52 (24%) do que no mês anterior. Nesse mês, 4.432 trabalhadores receberam prestações de layoff, mais 641 (16,9%) do que no mês anterior. Mas é face a março de 2022 que a subida é mais expressiva: são mais 1.490 pessoas neste regime, um crescimento de 50,6%.

Segundo o GEP, mais de metade dos abrangidos, como tem sido hábito, está no regime de redução do horário de trabalho (2.965 pessoas), em que há uma diminuição apenas parcial e não total dos horários. É um aumento de 15,8% face a fevereiro.

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Já no regime de suspensão temporária (na prática, trata-se de uma redução total dos horários) estiveram 1.467 trabalhadores, mais 19,3% do que em fevereiro.

O número de abrangidos pelo layoff duplicou em novembro do ano passado, descendo depois em janeiro. Desde então, tem aumentado todos os meses.

No âmbito do layoff, o trabalhador recebe, pelo menos, dois terços do salário bruto, sendo que desse valor 70% é comparticipado pela Segurança Social.