A família de Halyna Hutchins, diretora de fotografia que morreu nas gravações do filme “Rust”, diz que vai processar o ator Alec Baldwin, apesar de os procuradores terem deixado cair as acusações que pendiam sobre o ator esta quinta-feira, reporta a BBC.

O ator estava acusado do crime de homicídio involuntário por, a 21 de outubro de 2021, na filmagem de uma cena do filme “Rust”, ter disparado um revólver que estava carregado. As balas atingiram a diretora de fotografia Halyna Hutchins, que acabou por morrer, e o realizador Joel Souza, que ficou ferido.

Alec Baldwin sempre insistiu que estava inocente, alegando que não sabia que a arma estava carregada com munições reais. “Alguém é responsável pelo que aconteceu, e não posso dizer quem é, mas sei que não sou eu”, chegou a dizer numa entrevista, recordada pelo The New York Times.

Esta quinta-feira, os procuradores deixaram cair as acusações sobre o ator. A família da diretora de fotografia responde ao sucedido, em comunicado, lembrando que Baldwin “não pode fugir da sua responsabilidade”, e que o ator terá de responder por um processo civil interposto pela família. Gloria Allred, advogada dos Hutchins, garante que os clientes estão “esperançosos” sobre o desfecho.

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“Ele [Alec Baldwin] pode fugir para Montana e fingir que é só um ator num filme no oeste, mas, na vida real, não pode escapar do facto de ter tido um papel enorme numa tragédia que teve consequências reais”, adiantou.

O ator já tinha feito um acordo com o marido de Halyna Hutchins numa ação judicial interposta por este último. Na época, Baldwin negociou o pagamento de uma indemnização a Matthew Hutchins, com o viúvo da diretora de fotografia a ter ainda direito a um crédito como produtor executivo no filme quando este retomasse a produção – que aconteceu esta semana, em Montana, mais de um ano depois do sucedido.

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