Alec Baldwin chegou a um acordo com a família de Halyna Hutchins, a diretora de fotografia que morreu após ter sido acidentalmente alvejada pelo ator durante as rodagens de “Rust”.

Os detalhes do acordo judicial não foram revelados mas, de acordo com o comunicado emitido pelo advogado de Baldwin, citado pela CNN, a longa-metragem, cuja produção será retomada em 2023, irá contar com o envolvimento direto da família da diretora de fotografia. O seu marido, Matthew Hutchins, desempenhará funções como produtor executivo, recebendo uma percentagem dos lucros gerados.

“Acidente trágico.” Tiro de Alec Baldwin com arma de adereço mata diretora de fotografia e fere realizador

Citado no comunicado, Hutchins disse que não ter interesse em alimentar recriminações ou atribuir culpas, “aos produtores ou ao sr. Baldwin”. “Todos acreditamos que a morte da Halyna foi um acidente terrível. Estou grato que os produtores e a comunidade se tenham juntado para prestar tributo ao último trabalho de Halyna”, afirmou, adiantando que os principais envolvidos em “Rust”, incluindo o realizador, Joel Souza, vão retomar a produção em janeiro de 2023.

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Na mesma nota, Souza disse que só fazia sentido retomar as gravações “com o envolvimento do Matt e da família Hutchins”. “Apesar de um certo sentimento agridoce, estou contente por completarmos juntos o trabalho que a Halyna e eu começámos. Todos os meus esforços neste filme serão dedicados a honrar o legado da Halyna e a deixá-la orgulhosa”, garantiu.

Halyna Hutchins, de 42 anos, morreu em outubro do ano passado após ter sido alvejada por Alec Baldwin durante as gravações do western “Rust”, no Novo México, nos Estados Unidos da América. O ator acreditava que a arma de adereços tinha munições falsas. Num comunicado emitido pouco depois, Baldwin disse que não tinha palavras para expressar o choque e tristeza “em relação ao trágico assistente que tirou a vida” à diretora de fotografia, “uma colega admirada”.

Multa máxima para os produtores de “Rust”, inclusive Alec Baldwin, por “indiferença clara” em relação ao uso de armas

Um relatório do Gabinete de Saúde e Segurança no Trabalho do Novo México, divulgado em abril, concluiu que existiram falhas “graves e intencionais” na segurança durante a rodagem do filme, declarando que a produção de “Rust” se mostrou indiferente aos perigos associados ao uso de armas de fogo, não tendo feito nada para resolver os problemas.

Reconhecendo que “nenhuma multa pode compensar a perda de vidas”, o organismo emitiu, porém, a multa máxima permitida para o estado do Novo México tendo em conta o enquadramento legal, cerca de 126.116,30 euros.