Ao mesmo tempo que Arsenal e Manchester City jogavam uma cartada decisiva na luta pelo título, Liverpool (visitava o West Ham) e Chelsea (recebia o Brentford) contentavam-se por, na jornada 33 da Premier League, ainda terem que concentrar esforços na luta por lugares europeus. Os blues tinham a vida muito difícil para conseguirem esse objetivo e a sequência de cinco jogos sem ganhar na Liga Inglesa deve mesmo ter acabado com essas hipóteses. Por sua vez, os reds tinham oportunidade de, à condição, saltarem para zona europeia, sendo que, para isso, era necessário ganharem aos hammers.

No entanto, foi o West Ham que começou melhor. Lucas Paquetá (12′) inaugurou o marcador do London Stadium cedo no encontro, obrigando o Liverpool, tal como tem sido habitual, a ter que correr atrás do prejuízo. Para resolver um problema, quase sempre são necessárias soluções inovadoras. O lateral Trent Alexander-Arnold colocou-se no corredor central, posicionamento que surpreendeu a defesa do West Ham. A partir daí, construiu-se o lance que deu a Cody Gakpo (18′) o título de marcador do golo do empate.

O Liverpool queria e precisava de mais. Diogo Jota, titular na equipa de Jurgen Klopp, que nos dois encontros anteriores marcou quatro golos rematou por cima pouco depois. O avançado português ainda ia ter outra grande oportunidade dentro da primeira parte quando chegou ligeiramente tarde ao cruzamento de Salah que não serviu para mais do que confirmar o domínio que os reds iam impondo sobre os jogadores comandados por David Moyes. O West Ham conseguiu responder tão no limite do intervalo quanto o sítio onde Virgil van Dijk tirou a bola de Michail Antonio quando esta estava quase a transpor a linha de golo.

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O início da segunda parte trouxe uma nova oportunidade para o West Ham, Bowen, da direita para o meio, rematou para o golo, mas o lance foi anulado. Destino diferente teve a tentativa de Matip (67′). O defesa subiu à área para fazer a diferença nos lances de bola parada e assim foi: uma cabeçada com tanta força que até com o pé seria difícil dar tanta potência à bola colocou o Liverpool na frente. Não mais os reds perderam a vantagem de 2-1 que usaram para subirem à sexta posição, esperando para verem o que o Tottenham vai fazer nesta jornada.

Se Diogo Jota dava nas vistas no encontro entre o West Ham e o Liverpool, João Félix não tinha como contribuir no jogo do Chelsea. Em vez disso, no banco pelo terceiro jogo consecutivo, demonstrando mais uma vez não ser uma das primeiras opções de Frank Lampard, assistiu a uma exibição desastrosa dos blues. César Azpilicueta personificou tal falta de inspiração. Aos 37 minutos, a bola bateu no braço do espanhol e acabou no fundo das redes da baliza de Kepa.

O Chelsea, com Enzo Fernández a titular, ia de mal a pior. Se, da primeira vez, os blues deram um tiro nos pés, verdade é que o Brentford tinha argumentos para ferir os londrinos com as próprias armas. Assim foi. Mbeumo (78′) correu que nem velocista pela direita e finalizou com o pé esquerdo. Um minuto depois, João Félix entrou no encontro, sem tempo para alterar o 2-0 que ofereceu mais uma derrota ao Chelsea. Num altura em que Mauricio Pochettino está a ser fortemente associado ao comando técnico da equipa, importa destacar que foi o quinto desaire em cinco jogos desde que Frank Lampard assumiu a equipa. Uma época para esquecer.