No puzzle do caso Galamba, a chamada do SIS para recolher o computador de Frederico Pinheiro havia duas perguntas por responder: qual o membro do Governo que informou a secreta sobre a necessidade de recolher o computador? E quem ordenou os serviços de informações a fazê-lo? A resposta a esta última pergunta foi conhecida este domingo: foi Graça Mira-Gomes, secretária-geral do Serviço de Informações da República Portuguesa (SIRP), segundo revela o Diário de Notícias.

“Na pele do ex-adjunto, sentiria temor do SIS”

A secretária-geral do SIRP lidera a estrutura dos serviços de informações e é a essa responsável que respondem o diretor do SIS (Neiva da Cruz) e do SIED (Carlos Lopes Pires).

De acordo com o DN, o gabinete de Graça Mira-Gomes terá sido abordada na noite de 26 de abril por um adjunto do Ministério das Infraestruturas e terá informado a secretária-geral do SIRP.

Falta saber a resposta à primeira pergunta, que pode ser adaptada às informações reveladas pelo DN: quem deu o número de Graça Mira-Gomes ao adjunto do Ministério das Infraestruturas que ligou à secretária-getal do SIRP? Recorde-se que é o primeiro-ministro António Costa quem tutela o SIRP.

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Caso Galamba. Todos os pormenores de como o SIS atuou para chegar ao computador de Frederico Pinheiro

Abílio Morgado, ex-presidente do Conselho de Fiscalização do SIRP, censura a ativação do SIS e diz que a mesma não respeita a lei que rege os serviços de informações. Esta opinião tem sido praticamente unânime entre especialistas em serviços de informações e juristas, o que deixa o atual Conselho de Fiscalização liderado por Constança Urbano de Sousa (ex-ministra da Administração Interna de António Costa) e composto por Mário Morgado (ex-secretário de Estado da Justiça do Governo de António Costa) e Joaquim da Ponte (indicado pelo PSD) ainda mais isolado.