A companhia aérea low cost Ryanair encomendou 300 aviões Boeing 737-MAX-10 à fabricante norte-americana Boeing, por um valor de aproximadamente 36 mil milhões de euros (40 mil milhões de dólares), adiantou a transportadora.
Num comunicado, a Ryanair disse que a encomenda, que inclui 150 aviões confirmados e 150 como opção, deverá ter a sua primeira entrega em 2027, sendo que o processo se prolonga até 2033.
Numa conferência de imprensa em Washington, em conjunto com a Boeing, o presidente do grupo Ryanair, Michael O’Leary, disse que a transportadora espera “converter todas as opções a seu tempo”.
“Quando finalizado e sujeito a todas as opções, este negócio está avaliado em 40 mil milhões de dólares a preços correntes, sendo a maior encomenda alguma vez feita por uma empresa irlandesa” de bens de produção americana, disse a Ryanair.
O’Leary, por sua vez, destacou que a transportadora quer financiar esta operação com recurso a fundos próprios, recordando a subida das taxas de juro. A Ryanair indicou ainda que, tendo em conta a escala da transação, será sujeita a aprovação pelos acionistas da transportadora, numa assembleia geral em 14 de setembro.
De acordo com a transportadora, o novo B737-MAX-10 terá 228 lugares (21% mais do que o B737NG) e as entregas faseadas entre 2027 e 2033 irão permitir à transportadora criar mais de 10 mil novos empregos para pilotos, tripulantes de cabine e engenheiros.
A Ryanair espera que 50% destas entregas substituam os mais antigos B737NG, realçando que isto permitirá que a transportadora continue a operar uma das frotas “mais jovens, eficientes em termos de combustível e ambientalmente sustentáveis da Europa”.
A transportadora acredita que, em conjunto com o crescimento do volume de negócios, os novos aviões, com mais lugares, possam alargar a vantagem do custo por unidade da Ryanair “face aos seus competidores europeus”.
“Esta nova encomenda permitirá à Ryanair um crescimento sustentado do tráfego e do turismo com tarifas mais baixas (e emissões mais baixas por voo) em todos os países europeus onde continua a liderar a recuperação do tráfego, do turismo e do emprego pós-covid”, disse a companhia, citada na mesma nota.
A Ryanair quer aumentar os seus passageiros em 80% em cerca de uma década, para 300 milhões em março de 2034.