Josef Fritzl, o austríaco condenado a prisão perpétua por ter aprisionado e violado a própria filha durante 24 anos na cave de sua casa — agressões sexuais que resultaram em sete nascimentos –, deu uma entrevista ao jornal The Sun na qual afirmou acreditar que voltará a reunir-se com a sua família
A entrevista foi concedida através da advogada de Josef Fritzl, Astrid Wagner. O criminoso austríaco, agora com 87 anos, explicou igualmente ao The Sun que tenciona viver até aos 130 anos e descreveu a sua rotina no estabelecimento prisional Stein, em Krems an der Donau — a prisão mais segura da Áustria para criminosos com doenças e perturbações mentais.
O octogenário austríaco revelou querer reconciliar-se com a sua ex-mulher, agora com 84 anos, e “alegou de forma bizarra que ainda estão casados, apesar de se terem divorciado há 11 anos“, escreveu o jornal britânico.
Sinto muita falta da minha família”, contou ainda o octogenário. “Estou sempre a pensar neles, e em como eu gostaria de ver os meus netos. Tenho a certeza que estaremos reunidos novamente e acho que me vão perdoar pelo que eu fiz.”
De acordo com o The Sun, Josef Fritzl tem mostrado avanços de demência e a razão pela qual acredita conseguir viver até aos 130 anos, segundo explicou, é porque leu “recentemente que está provado cientificamente que os humanos conseguem na verdade viver até aos 150 anos se comerem bem e se exercitarem”.
Os meus dias começam todos com um café”, disse Josef Fritzl. “Tenho de ter isso para acordar em condições, e depois é seguido rapidamente por um copo de chocolate quente. Depois tomo um chá e como três ovos, uma tosta com fiambre, e também uma salsicha com queijo, e certifico-me que tomo os comprimidos de vitamina C, magnésio e zinco.”
Atualmente, Josef Fritzl necessita de um andarilho para andar e evita realizar passeios no pátio da prisão, uma vez que, segundo o próprio explicou, existem vários prisioneiros que o querem agredir. No ano passado, um tribunal austríaco determinou que Josef Fritzl deveria permanecer numa prisão de alta segurança, depois de ter sido pedida uma transferência do prisioneiro para um estabelecimento com menor segurança.
Josef Fritzl foi detido em 2009 e condenado a prisão perpétua por violação, escravatura e assassinato por prender e violar a sua filha, Elizabeth, durante 24 anos, tendo mantido a vítima encarcerada na cave da sua casa, em Amstetten. Ao todo, a vítima, agora com 57 anos, engravidou sete vezes. Uma das crianças morreu em 1996, por negligência de Josef Fritzl, que negou tratamento médico ao filho. Três das crianças permaneceram na cave transformada em prisão, e as restantes três crianças foram criadas por Josef e pela mulher, Rosemarie.