O protesto organizado pela plataforma Parar O Gás no Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) da REN, no Porto de Sines (Setúbal), que reuniu mais de 150 pessoas, terminou por volta das 20:30, sem incidentes.

De acordo com a porta-voz do grupo, Catarina Viegas, a decisão justifica-se pelas várias ações realizadas estes sábado pelos manifestantes que “anunciaram a vitória” ao final do dia.

“Com as ações que realizamos foi fechada a torneira do gás e, por isso, decidimos dar por terminada a ação”, explicou a responsável em declarações à agência Lusa.

Inicialmente, o grupo de ativistas anunciou que iria prolongar o protesto durante a noite para tentar impedir a eventual “entrada de gás, tanto por via marítima, como terrestre” no Terminal de GNL da Rede Elétrica Nacional (REN).

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“Entretanto, reunimos todas as diferentes frentes de bloqueio e decidimos que os objetivos estavam cumpridos e estamos a abandonar as duas portarias” de acesso ao terminal de gás natural liquefeito, onde se encontravam desde as 13:30, adiantou.

O protesto, que juntou mais de 150 manifestantes, começou com duas horas de atraso, cerca das 11:30, porque, segundo a organização, os autocarros onde seguiam foram parados e revistados em operações ‘stop’ da GNR perto de Sines.

Vestidos com fatos brancos, “uma espécie de uniforme de luta”, explicaram aos jornalistas, os ativistas ergueram cartazes a exigir justiça climática e o fim dos combustíveis fósseis, enquanto entoavam o cântico “Gás é morte, morte é Gás”.

Por volta das 13:30, um grupo de dez ativistas acorrentou-se aos portões da entrada principal da infraestrutura para “bloquear fisicamente” o seu funcionamento e alertar para a necessidade de “reduzir a utilização de um recurso fóssil não renovável”, disse à Lusa Ana Maria Valinho.

Às 18:40, a jovem lisboeta continuava no local com um “cadeado de bicicleta” à volta do pescoço e, junto a ela, outros jovens com “pequenos tubos” nos braços com a frase “Parar o Gás” resistiam no acesso à porta principal do terminal, sob o olhar atento das autoridades.

Segundo a porta-voz da plataforma, durante a tarde alguns ativistas da Greenpeace e apoiantes da plataforma Parar o Gás, “bloquearam por via marítima, com recurso a barcos e os próprios corpos dentro de água, a entrada no Porto de Sines”.

“Embora tivesse havido alguma intervenção policial foi possível contornar as forças policiais”, afirmou.

Contudo, fonte da Polícia Marítima de Sines disse à Lusa que o Porto de Sines está a “operar normalmente, sem qualquer constrangimento”.

A ação reivindicou o fim do gás fóssil para a produção de eletricidade e que esta eletricidade passe a ser produzida por fontes de energia renovável até 2025.