As autoridades iniciaram, esta terça-feira, buscas policiais na barragem do Arade, em Silves, no âmbito do processo do caso do desaparecimento de Madeleine McCann, numa tentativa de encontrar mais elementos que permitam perceber o que aconteceu à criança desaparecida no Algarve há 16 anos.

À rádio Observador, Rui Zambujo Madeira, comandante do agrupamento de mergulhadores da Marinha explicou as dificuldades e os perigos de buscas subaquáticas, recordando que as buscas em zonas de águas confinadas, nomeadamente barragens, “são sempre complexas, porque a visibilidade é mais reduzida e há, normalmente, vários tipos de obstruções, como árvores, que dificultam a operação”.

Outra razão que explica a complexidade da operação é, para Zambujo Madeira, a grande extensão da área de busca da barragem, aliado ao facto de terem passado muitos anos desde o desaparecimento da criança inglesa.

“Normalmente são feitas buscas progressivas ou em pontos específicos em que haja evidência de se poder encontrar algum ponto de interesse. Também podem ser realizadas buscas com sonares. Contudo, neste tipo de locais, com águas muito escuras, a operação deste tipo de equipamentos nem sempre é fácil”, ressalvou Rui Zambujo Madeira, acrescentando que “é sempre uma busca minunciosa, demorada e com alguma perigosidade”.

O responsável lembrou que os mergulhadores da Marinha têm participado em diversas buscas de cadáveres. “Aquela que está mais presente na memória dos portugueses é a missão de Entre os Rios mas, mais recentemente, tivemos uma missão na pedreira de Borba”, frisou.

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